Nota
No coração escondido da França, um jovem príncipe morava num lindo castelo, ele tinha tudo o que desejava, mesmo assim era egoísta e grosseiro cobrando impostos cada vez mais altos para encher seu castelo com os mais belos objetos e organizar as mais grandiosas festas. Numa noite de tempestade, o príncipe recebeu uma visita inesperada, uma senhora buscando abrigo, e ofereceu ao príncipe tudo o que tinha, uma rosa, ele mandou-a embora, mesmo com o conselho dela de não se deixar levar pelas aparências pois a beleza está no interior das pessoas, após ter seu pedido negado pela segunda vez, a mulher se transformou numa linda feiticeira, mesmo com os pedidos desesperados de perdão, ela viu que não havia amor no coração dele, sendo assim, lançou um feitiço no príncipe e em todos os que moravam no castelo. Anos se passaram e os habitantes do castelo caíram no esquecimento pois a feiticeira apagou as memorias das pessoas que eles amavam, mas a rosa que ela deu era encantada, se ele aprendesse a amar alguém e fosse retribuído até que a ultima pétala caísse, o feitiço seria desfeito e com o passar do tempo perdeu as esperanças, pois quem poderia amar uma fera?
Bela não consegue se adaptar a vida no vilarejo, e tudo o que ela deseja é mudar de vida, todos os moradores concordam que o nome é representativo a tamanha beleza, mas que ela é sem dúvidas uma garota diferente deles, a consideram estranha, menos Gastón que a deseja e afirma que irá, sem dúvidas, casar com ela, mesmo ela o desdenhando. A adaptação em Live Action “A Bela e a Fera” trás de volta um dos mais famosos clássicos da Disney, com grande fidelidade a animação em todas as cenas e aprofundando mais a história, sem esquecer da temática original da animação “o amor consegue transformar”, nos levando de volta a infância.
O elenco auxilia na expansão do universo criado no longa animado, preenchendo lacunas que os fãs sempre se questionaram, Emma Watson transformou a Bela em uma mulher ainda mais forte e dona de si, Kevin Kline transformou o Maurice em um homem mais respeitável, diferente da animação onde ele era considerado um tolo, Luke Evans nos trouxe um Gastón ainda mais egocêntrico e muito mais obcecado pela Bela, Josh Gad teve um destaque maior devido a sua transformação do LeFou, apresentando uma faceta diferente do personagem, que no longa está na verdade apaixonado pelo Gastón, trazendo assim o primeiro personagem gay com destaque em um filme da Disney.
Na trilha sonora temos todas as canções originais que marcaram a animação, como Beauty and the Beast e Gastón, cuja cena foi totalmente transformada e melhorada no longa, com a adição de músicas inéditas como Evermore e How Does a Moment Last Forever interpretada por inteiro nos créditos e cantada pela incrível Celine Dion, que cantou a musica tema do filme nos créditos do clássico. Os efeitos especiais estão impecáveis, desde a aparência da fera até os mínimos detalhes dos habitantes do castelo. O longa também conta com uma fotografia maravilhosa, repleta de cenas deslumbrantes, principalmente nos números musicais, nos transportando para a Broadway, porém a cena da música tema poderia ser mais bonita se tivesse sido mais iluminada.
A Bela e a Fera impressiona com tamanha beleza e força dos personagens, além de contar com todas as músicas que marcaram a animação, ainda conseguiu com sucesso expandir todo o universo criado pela Disney, emocionou com cenas ainda mais dramáticas e ousou trazendo ainda mais crueldade ao vilão e criando novas versões de personagens antigos. O longa foi indicado ao Oscar de melhor figurino e melhor direção de arte, mesmo não tendo levado nenhum, mostrando a qualidade do filme.
Matheus Soares
Graduado em Biológicas, antenado no mundo geek, talvez um pouco louco mas somos todos aqui!