Crítica | A Última Ressaca do Ano (Office Christmas Party)

Nota
3

Natal é uma época do ano de paz, amor e presentes, mas nem todo natal é tão pacifico assim, e é isso que A Última Ressaca do Ano vem para mostrar. CarolClay Vanstone são irmãos e rivais, eles cresceram tendo de disputar a atenção do pai, Carol é a irmã série e Clay o irmão irresponsável, e o pai sempre preferiu o Clay, o tempo passou, eles cresceram, se uniram a seu pai na Zenotek, o pai morreu, Carol virou o CEO da empresa e Clay o presidente da filial preferida do pai. O filme mostra mais uma batalha entre os irmãos, Carol determina a demissão de 40% dos funcionários e corte de gastos e salários, a unica salvação é fechar a conta milionária do Data City.

Walter Davis, responsável pelo Data City, rejeita a Zenotek de cara por não ser uma empresa amiga de seus funcionários e estar demitindo pessoas (tudo que Carol está fazendo). Como último suspiro, e com medo das consequências da perda dessa conta, Clay convida Walter para a festa de natal da empresa, a mesma festa que Carol proibiu acontecer, arriscando tudo para salvar sua filial e mostrar que sua irmã está errada, mas as vezes uma festa pode perder totalmente o controle.

Office Christmas Party foi a aposta da Paramount como filme natalino, e ele arriscou pesado na aposta, iniciando por seu elenco, que junta Jennifer AnistonT. J. MillerJason BatemanKate McKinnonJillian Bell Olivia Munn como protagonistas, grandes nomes da comédia quando o assunto é fugir totalmente dos clichês, um elenco que não deixou a desejar e deu seu show. Mas o grande problema do longa não é seu elenco, e sim sua realização.

O longa traz um mix de ideias que já apareceram em outros filmes e traz uma repetição da dinâmica de Bateman e Aniston na duologia “Quero Matar Meu Chefe”, apesar de que Anniston deu um show no papel da irmã chata e Miller quebrou totalmente seu padrão ao mostrar camadas além do babaca sem noção, dando sentimentos e motivações palpáveis para contradizer com Anniston. O longa traz uma irmã lógica, que usa a razão para visar os lucros, e um irmão emocional, que é totalmente sem noção e pensa no bem estar de seus funcionários.

Outro papel que decepcionou foi o de McKinnon, a atriz tem uma evolução excelente passando da tediosa gerente de RH e se descobrindo uma festeira radical, mas o defeito maior é seu ponto de inicio, não da mesmo para curtir toda a versatilidade e loucura da atriz com um papel tão limitado e sem graça. Uma boa premissa no papel, mas que na prática perde o sentido, e se isso já era ruim, o roteiro a piora ainda mais, trazendo piadas vergonhosas para tentar dar graça a seu personagem, o que torna o quadro ainda pior.

No final das contas, o longa se torna só mais uma comédia de natal, chegando até abaixo dos filmes de comédia que falam de festas que saem do controle (que incluem predominantemente festas de casamento), e por isso se torna uma produção sem diferencial, a trama de fundo consegue ser envolvente, mas se torna previsível, casual e a solução final se torna completamente absurda e conveniente.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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