Crítica | Cemitério Maldito (Pet Sematary)

Nota
3

Louis (Dale Midkiff) e sua família compraram uma casinha no interior e estão de mudança para lá, ao chegarem se deparam com um ambiente agradável e familiar, sua filha Ellie (Blaze Berdahl) encontra um balanço de pneu em uma das árvores, mas a corda cede e a menina cai, machucando o joelho, Rachel (Denise Crosby) e Louis correm para socorrer a criança e deixam o bebê perto do carro. Cage então corre até a estrada, onde passam caminhões a toda velocidade vinte e quatro horas por dia, e se não fosse pelo vizinho, Jud Crandall (Fred Gwyne) o bebê seria atropelado. Na noite após a quase tragédia, Louis vai até a casa de Jud, e ele conta que vários animais de estimação foram mortos ao longo do tempo pela estrada, e que a estradinha que despertou a curiosidade de Ellie mais cedo leva a um cemitério de animais.

No dia seguinte o velho guia a família pela estrada, até chegarem no local onde os mortos descansam, a garota fica bastante sentida, pois tem um gato de estimação e teme pela morte dele, Jud indica uma castração para evitar que o gato saia tanto de casa. No primeiro dia de trabalho no hospital, Louis já encara a dura realidade da morte de um rapaz que misteriosamente começa a aparecer em seus sonhos, o alertando sobre os perigos da terra além do cemitério.

A história começa realmente próximo ao dia de ação de graças, quando Rachel viaja com as crianças para a casa dos avós em Chicago, e Louis fica só em casa. O gato de Ellie acaba sendo atropelado e o pai não quer estragar o feriado da filha com más notícias, Jud o leva até um cemitério indígena que fica atrás do de animais, por um caminho longo e perigoso, lá o gato é enterrado, mas nada garante que ele continue morto. Repleto de incertezas e de insanidade, Cemitério Maldito (Pet Sematary), baseado no livro O Cemitério do Stephen King, nos apresenta um suspense ameno, sombrio e cheio de dúvidas.

Louis se mostra um personagem suscetível a cometer os mesmos erros enquanto sua loucura avança, mostrando sua decadência que não se mostra tão profunda a ponto de interessar o espectador, e por muitas vezes parece fruto de um enredo mal explicado. Rachel é uma personagem tomada por traumas da infância que não permitem que ela saiba lidar com a morte, presença marcante em sua personalidade durante toda a trama, a tornando uma das personas mais aprofundadas e concisas em suas escolhas.

Jud é sem dúvidas um personagem misterioso, mostrando uma aura sombria que assusta o espectador que logo desvanece, mostrando a sua verdadeira índole. Outro destaque Church, o gato cinzento, que foi interpretado por seis diferentes felinos para captar as melhores expressões e ressaltar a mudança de comportamento, tornando-se uma das melhores coisas do longa.

Aproveitando muito bem os recursos técnicos da época (como os animatrônicos utilizados em “Brinquedo Assassino”) e ganhando uma canção original dos Ramones, Cemitério Maldito é o primeiro filme baseado nas obras de King, deixa muito a desejar em alguns pontos, porém segue na galeria de clássicos do mestre do terror, irá ganhar um remake em 2019, preparando uma nova geração para conhecer uma das histórias mais macabras do autor.

 

https://www.youtube.com/watch?v=I9A40gN1sAs

Graduado em Biológicas, antenado no mundo geek, talvez um pouco louco mas somos todos aqui!

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