Crítica | Deadpool

Nota
5

Vamos falar de galhofa, um toque sarcasmo, misturas de humor variados e claro, profano? Sem deixar de ser sexy, Deadpool pode usar artifícios que não funcionariam em outros filmes, mas aqui, em um passe de mágica, tudo flui e faz sentido. Um projeto que começou lá atrás, com a insistência de Ryan Reynolds. Já tendo participado de X-Men Origens (2009), literalmente um vexame que é usado como sátira e sarcasmo nesse filme, o filme usa um roteiro feijão com arroz que te mostra a origem do personagem, e sabendo que é um filme para maiores de 18 anos, com bastante sexo e membros sendo constantemente decepados.

Wade Wilson, ex- militar que já liderou diversas forças especiais, é diagnosticado com câncer, a princípio ele recebe um convite para passar por um experimento de uma empresa que pode o ajudar, mas logo descobre que o buraco é muito mais embaixo. Literalmente temos palavrões e xingamentos sendo ditos em alto e bom som junto com nudez explicita, o que soa excelente!!! Ou como diria Stan Lee, EXCELSIOR!

Uma mostra de um futuro onde podemos ter filmes da Marvel Studios com censura 18 anos? Só o tempo dirá se dará certo, mas, afinal, o acerto da finada Fox em fazer Deadpool foi gigantesco, o filme que basicamente custou 64 milhões arrecadou mais de 782 milhões de dólares, um lucro absurdo para o estúdio (que atualmente é propriedade da Disney).

Deadpool uniu bons elementos das histórias dos mutantes, e o coração se enche de alegria ao ver Colossus em tela, uma adaptação super fiel ao personagem russo dos quadrinhos. A química entre Deadpool com Colossus e com o taxista Dopinder te faz imerso na loucura que é o filme.

Essa liberdade que a franquia tem para brincar com a quebra da quarta parede, foi inédita no cinema em um filme do gênero de super herói, uma tática que foi usada também pela She-Hulk durante os anos 70/80, o que faz com que as referências venham logo à mente, dando uma linguagem muito própria ao filme, o que funciona muito bem. Se você soma tudo isso a excelentes cenas de ação muito bem coreografadas, você simplesmente tem um banquete delicioso. Olhando para trás, vê-se o resultado de um projeto que começou sabendo qual público queria atingir e foi executado da melhor forma possível, mesmo com baixo orçamento.

 

Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.

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