Crítica | Maligno (The Prodigy)

Nota
3

A história se desenrola ao redor de Miles, uma criança que, inicialmente, parecia um menino de enorme inteligência para sua idade e, com o passar do tempo, passa a desenvolver um comportamento antissocial, a ponto de demonstrar características de sociopatia, traços de crueldade e extrema frieza.

Miles é um menino aparentemente doce, de olhos claros com heterocromia, o que causa um belo contraste quando vemos metade do seu rosto pintado como uma caveira, exaltado pela atuação brilhante de Jackson Robert Scott, que interpreta uma criança de múltiplas personalidades, e nos lembra a atuação de James McAvoy em Fragmentado.

O longa segue o dilema de debater se o caso de possessão de Miles Blume (Jackson Robert Scott) é valido ou não, vemos seus pais chegarem ao ponto de buscar uma possível cura com o Dr. Arthur Jacobson (Colm Feore), que leva ao ponto onde é explicada toda a história sobre a possível reencarnação, após suas sessões de Hipnose, que acabam por despertar a força da entidade reencarnada que habitava na criança.

Quando Sarah Blume (Taylor Schilling) e John Blume (Peter Mooney) notam, passam a acreditar e acham provas, após longas idas e vindas a consultas com seu filho, já é um pouco tarde demais. Nem eles mesmos se sentem seguro com a presença do seu filho, principalmente depois de terem presenciado cenas de tensão em sua própria residência, como o sumiço do cachorro, morto friamente por Miles.

A produção prometeu bastante pelos trailers divulgados, mostrando algo a nível de terror psicológico, mas na pratica o longa deixou bastante a desejar, e nos entregou um enredo que, mesmo possuindo um pouco de jumpscare, traz cenas extremamente previsíveis. A trama fez uma boa escolha ao escolher girar em torno do tema reencarnação, dando uma gráfica explicação para como a entidade dentro de Miles reencarnou, e buscou um elenco com bastante experiência, mas Maligno não consegue se destacar diante dos longas do gênero da atualidade, por pequenas falhas notáveis que acabam deixando o filme tropeçar um pouco. Ele é aquele terror que literalmente lhe compra pelo trailer mas que, se você ficar atento a todos os detalhes, poderá se decepcionar no final.

 

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