Review | Gantz [Season 1]

Nota
3

Depois de anos que não se veem, Masaru KatoKei Kurono se percebem na mesma estação de metrô. Tudo acontece muito rápido, um mendigo cai nos trilhos, a dupla pula para ajuda-lo, tira o homem do perigo, são atropelados pelo metrô e logo depois acordam em uma salinha, ao lado de Joichiro NishiKei Kishimoto e outras pessoas. Os garotos não percebem de primeira, mas eles morreram e receberam uma nova chance, dada por Gantz, uma esfera negra no centro da salinha que abriga um homem em coma. Gantz os convoca como seus soldados, em busca de matar alguns extraterrestres em troca de receber pontuações. O objetivo do jogo de sobrevivência de Gantz é lutar e acumular pontos até chegar aos 100 pontos.

Logo de cara vemos o altruísmo de Kato, a esperteza de Kei, o egocentrismo de Nishi e a fragilidade de Kishimoto se destacarem, um grupo bem improvável, mas que se torna rapidamente os protagonistas da temporada. O triangulo amoroso formado por Kishimoto, Kei e Kato chama a atenção, a forma como Nishi esconde os segredos que aprendeu com anos lutando por Gantz, é angustiante, nos vemos como os recém ressuscitados, ansiando por respostas, enlouquecidamente querendo entender tudo aquilo e absorver a mitologia da saga, mas este se torna o pecado da primeira temporada: falta de velocidade.

A primeira temporada ou, como foi nomeado no Japão, The First Stage, foi exibida originalmente entre Abril e Junho de 2004, chegando no Brasil apenas em 2006, e segue com os 13 primeiros episódios do anime, o que abrange os dois primeiros arcos do mangá, mas novamente deixo claro o quão lento é a temporada. Temos os 5 primeiros episódios falando do arco do Onion Alien, que se torna nossa primeira experiencia com Gantz e nos dá a base para entender o funcionamento básico do sistema, temos uma batalha rápida que logo depois somos jogados para a vida de Kei, Kishimoto e Kato, algo que fica cansativo até certo ponto, só voltando a animar de verdade nos 8 episódios finais, que adaptam o arco do Tanaka Alien, em que a missão se desenrola por mais episódios, mostrando mais ação, reviravoltas e surpresas.

A temporada peca com a falta de velocidade, mas se justifica pelo simples fato de sua adaptação já que, se levarmos em consideração os mangás, veremos que os 13 episódios são na verdade uma resumo adaptado dos 53 primeiros números do editorial, exprimindo todos os pontos relevantes da trama e nos cativando com devagar com o colegial egoísta, a garota peituda, o menino gigante e o rapaz que fica de pau duro com tudo. Ao final, a sensação que fica é de quero mais, queremos ver o que vem a seguir e queremos ver mais das missões de Gantz, assim como queremos entender mais profundamente sua mitologia.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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