Nota
Joshua é um criador de aranhas, e ele possui uma extensa gama de especies em seu criadouro, o que desperta o interesse de Mike Parker, um garotinho que o visita sempre em busca de conhecimento. Mas um duplo infortúnio acontece, Joshua sofre um acidente, ao ser mordido por sua caranguejeira, e quebra todos os viveiros, libertando todas as aranhas, e o lago vizinho a sua casa está inundado por um líquido tóxico, que afeta as aranhas e as torna gigantescas, fazendo a cidade ser vagarosamente atacada por uma gigantesca variedade de monstruosos aracnídeos. Mas no final, com Joshua morto, quem é a única pessoa da cidade capaz de entender as aranhas e proteger a população contra esse ataque? Apenas Mike, que enfrenta o dilema de como fazer as autoridades locais obedecerem às ordens de um garotinhos de cerca de 10 anos.
O tal acidente acontece poucos dias após a volta de Chris McCormick à cidade, buscando explorar a mina que herdou de seu pai e que acaba de ser escolhida por um das raças de aranhas para ser seu lar, ao mesmo tempo temos a Sheriff Samantha Parker, mãe de Mike e paixão de adolescência de Chris, tentando descobrir a origem do lixo radioativo que surgiu no rio, e cabe a essa união ‘familiar’ combater o ataque das aranhas gigantes. Explorando de uma forma mais surreal e trash a aracnofobia alheia, o filme se pergunta o que aconteceria caso aranhas fossem mais do que bichinhos minúsculos, se elas tivessem mais do que o veneno como ameaça, e resulta em uma trama escrachadamente divertida e tenebrosa.
Trazendo uma tensão peculiar, que não chega nem próximo do terror, o filme nos proporciona uma explosão de informações de biologia ao mesmo tempo que nos guia numa aventura que bebe levemente no gênero da ficção cientifica, trazendo efeitos bem elaborados e agradáveis, com toques de clímax sobre como esse problema pode ser resolvido ou como a população dessa cidade do Arizona pode sobreviver a esse ‘apocalipse aracnídeo’. O filme nos conquista muito mais pela sua personalidade, criatividade e mistério do que pelo terror causado, mas é certo que ele nos conquista e nos cativa a cada cena. Brincando com o medo e nos divertindo com as batalhas, Malditas Aranhas! deixa uma impressão de cara: você não vai sair com medo, mas vai sair satisfeito.
Um clássico ‘filme sessão da tarde’, o longa é cheio de nostalgia e ótimo para aquele terror leve da infância, que você pode ver e se divertir bastante se começar a enxergar com uma mente aberta e sem critérios mais rígidos, mas que pode se tornar um desastre quando olhado de forma técnica. Com uma estrutura de roteiro bem feita, o longa tem um pezinho no suspense e outro no terrir, mas consegue ser levada de forma sutil e sem desagradar ou sem avacalhar numa formula satirizada, o que faz com que, no final, o longa seja marcante e se torne referencia para muitos futuros longas que tratam de aracnofobia, além de, é claro, trazer os jovens Scarlett Johansson, Scott Terra e David Arquette.
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.