Nota
Ryan Phan (Phi Vu) se acorda no seu carro-dormitório, ele foi mandado para lá depois que os apaixonados Tree (Jessica Rothe) e Carter (Israel Broussard) tomaram seu verdadeiro aposento por uma noite, para comemorar um acontecimento da vida da garota
, um dia cheio de más noticias e que acaba com um homem fantasiado de bebê o matando, até que ele acorda novamente no seu carro. Tudo parece indicar que o pesadelo vivido por Tree em A Morte te dá Parabéns foi transferido para Ryan, que agora apresenta toda a justificativa cientifica que explica a experiencia da garota e que inicia uma busca pela fim do seu ciclo, mas tudo acaba em um desastre quando o oriental usa a maquina que criou o loop que aprisionou Tree e, acidentalmente, envia a garota de volta para a manhã do seu aniversário.
Apesar de, na primeira impressão, a sequencia parecer querer repetir descaradamente a mesma formula do seu original, o que é praticamente verdade, a trama escrita por Christopher Landon muda os pontos de vistas quando nos revela que Tree não está realmente revivendo o que aconteceu no primeiro filme, a garota não só voltou no tempo como foi enviada para uma dimensão paralela, uma dimensão onde Carter e Danielle (Rachel Matthews), uma dimensão onde Lori (Ruby Modine) nunca tentou mata-la, uma dimensão onde ela nunca se envolveu com Gregory (Charles Aitken) e uma dimensão onde sua mãe (Missy Yager) nunca morreu. O longa então nos joga no meio de uma intensa jornada, onde o que importa é as diferenças e não as semelhanças, onde Lori está sendo perseguida pelo assassino com máscara de bebê e onde Tree deve escolher entre voltar para o mundo onde namora com Carter e abandonar sua mãe ou desistir do amor que sente por Carter e viver nesse mundo ao lado da sua mãe.
É importante salientar que o longa tenta de toda forma provar que, apesar de se agarrar a uma repetição desmotivada de temas, o longa traz uma sequencia desnecessária mas excelente. Landon consegue aparentar simplicidade na missão tão árdua, de forma que vemos que, independente de se foi planejada pelo enredo ou apenas para capitalizar sobre o sucesso do primeiro longa, A Morte Te Dá Parabéns 2 consegue ter o molejo para fugir da terrível sina das continuações malsucedidas ou malfeitas.
O filme devolve com louvor o protagonismo de Jessica Rothe, dando ainda mais destaque e personalidade à estrela do longa, que é jogada numa nova situação ainda mais emotiva e consegue arrancar humor da trama de uma forma inédita, garantindo a melhor sequencia de suicídios da história do cinema (perdão pela forma como isso foi dito). Já a mudança no tom do enredo, que assume uma pegada mais sci-fi, é o suficiente para dar uma visão mais pé no chão e menos entediante, nos dando uma esperança diferente de por fim ao ciclo e uma explicação mais plausível para o nascimento da trama.
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.