Crítica | O Reino Gelado 2 (Snezhnaya koroleva 2)

Nota
3

Algum tempo depois de a Rainha das Neves ser derrotada, Orm acaba libertando os trolls da maldição do congelamento, mas não recebe o reconhecimento merecido pois ninguém vê seu rosto. Ele então retorna para sua vida de minerador e cuidar de sua avó, mas os tempos são difíceis e ele precisa pagar a casa em que mora a seu tio, se vendo no olho da rua, ele acaba mentindo e contando que derrotou a Rainha das Neves, o problema é que sua mentira o fará pagar caro.

Ao fazer o juramento de que nunca mais ia mentir e quebrar o juramento, Orm faz despertar o Rei da Neve, seu lado maligno que vive no lado oposto do espelho da maldade e que assume o trono vago deixado pela Rainha das Neves e pretende assumir o reino de terror que a mulher deixou ser derrubado, e cabe a Orm derrotar esse seu lado maligno.

Se você não assistiu ao primeiro filme, nem se preocupe, pois o longa começa com um flashback dando um resumão do filme, enquanto vemos Orm na beira do rio fazendo o juramento, que é usado como premissa para todo esse longa. Orm jura nunca mais mentir sobre nada, exceto sobre o fato de ter sido servo da Rainha das Neves e vemos pouco a pouco seu reflexo ganhando vida e o empurrando cada vez mais para o lado negro, o usando para se fortalecer.

Orm acaba despejado e ve sua salvação na tentativa de fingir ser um cavaleiro e tomar a mão da sobrinha do rei em casamento, assim garantindo que sua vó vai morar no castelo e ele não terá mais dividas com o seu tio e nem que trabalhar horas para pagar pela felicidade de sua ultima parente. E é nesse momento que o reflexo convence Orm de que o mundo é cruel demais para não mentir e ter vantagem, mudando a cabeça do inocente troll e alcançando o apice de seu poder.

Ao contrario de seu antecessor, O Reino Gelado 2 teve uma preparação melhor, e por conta disso acabou recebendo dois dubladores famosos para os papeis principais, temos a substituição de Agatha Paulita por Larissa Manoela, para trazer uma voz mais popular entre os adolescentes para a garota que derrotou a rainha das neves, Gerda; além da troca de Ricardo Sawaya por João Côrtes, que passa a emprestar a voz ao ex-servo da rainha das neves e agora protagonista da trama: Orm, o Troll.

Mas, apesar de todo o empenho, o longa não se destacou tanto por não chegar aos pés do padrão Disney/Pixar de animações, coisa facilmente justificável, já que estamos falando de uma animação russa que, portanto, não tem todo aquele aparato americano e hoolywoodiano para fazer animações estupendas, mas se tentarmos comparar com o primeiro da saga, vemos claramente que a produção avançou muito no quesito melhorias visuais, temos uma neve muito mais sensorial, que não parece aquela massa artificial de antes.

O problema é que o que o longa ganhou em efeitos, perdeu em roteiro. A trama é rápida, previsível e extremamente insossa, Orm foi um ótimo protagonista, mas viveu uma saga muito obvia e com uma solução tão clichê que nos deixa em dúvida se o problema realmente acabou.

 

https://www.youtube.com/watch?v=-YlgFAwA1Vk

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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