Review | DC’s Legends of Tomorrow [Season 1]

Nota
4

“Por favor. Me deem autoridade de mudar a linha do tempo apenas uma vez.”

Na Londres de 2166, Vandal Savage atingiu o auge do seu poder, aterrorizando a humanidade. Para salvar seu tempo, Rip Hunter precisa voltar no tempo e parar Savage, antes de o vilão se fortalecer, mas, para isso, ele precisa reunir uma equipe de heróis, ou melhor, Lendas. Em Janeiro de 2016 ele recruta oito soldados: Dr Raymond Palmer, que atende pelo nome de ÁtomoSara Lance, que acaba assumindo o manto da Canário BrancoJefferson Jackson e Martin Stein, que juntos formam o NuclearKendra Saunder (a Mulher-Gavião), Carter Hall (o Gavião Negro), Leonard Snart (o Capitão Frio) e Mick Rory (o Onda Térmica).

Se aproveitando do que já foi construído pelo Arrowverse, foi criado  por  Greg Berlanti, Marc Guggenheim, Andrew Kreisberg e Phil Klemmer, para a CW, uma série que é quase que completamente original. Legends of Tomorrow estreou em 21 de janeiro de 2016, e usa as premissas do personagem Rip Hunter para criar tramas de viagem no tempo capazes de explorar mais a fundo as realidades possibilitadas pelas alterações no passado. Para equilibrar uma trama onde viagem no tempo é o principal mote, foi escolhido o vilão Vandal Savage como antagonista, um homem que existe desde a pré-história e tem uma forte influencia na história, sendo assim possivel explorar sua caçada em diversas épocas e em diversas interações do vilão com a história mundial.

Explorando mais a fundo seu mote, o show acaba por conectar seu enredo com diversas referencias culturais, históricas e do universo da DC Comics, proporcionando aos personagens conhecerem personalidades como Jonah HexH.G. Wells, o pai de Bill Gates, Chronos Per Degaton, entre tantos outros, além de nos impressionar com diversos conceitos de tempo, nos forçar a reencontrar com pistas das reencarnações de Kendra e Carter, além de citar uma singela referencia à raça de Thanagar. A trama brinca com a mitologia dos Mestres do Tempo, criados por Bob Wayne e Lewis Shiner, e nos forçar a ver o quanto um poder absoluto pode transformar seres tão benéficos em entidades egoístas e frias, incapazes de terem empatia com a humanidade e de pararem de enxergar o tempo como uma dadiva, usando o conhecimento como a maior arma que poderia existir.

No final das contas fica claro que a dinâmica da temporada só se torna tão eficiente e assertiva por conta do extremo equilíbrio que os dez protagonistas possuem, fazendo com que cada episódio possa explorar um pouco de cada um e, dessa forma, não nos saturar com os dramas de cada personagem. A evolução de cada personagem se torna tão eficiente e se conecta facilmente com a apresentação de Arthur Darvill, que é o único ator que acaba de ser introduzido pela série, dando um base solida ao personagem do ator ao mesmo tempo que o coloca sob prova para evoluir e desenvolver seu altruísmo, revendo suas motivações e os meios que está disposto a se submeter para os fins desejados. Ao mesmo tempo, vamos vendo uma evolução nos personagens de Caity Lotz, Brandon Routh, Dominic PurcellVictor GarberFranz DramehCiara RenéeFalk Hentschel Wentworth Miller, assim como nos leva a conhecer mais a fundo os atos do personagem de Casper Crump, que mostra novas camadas que, mesmo que sigam revoltantes, nos dá uma noção da forma distorcida de amor que existe nele, e do quanto isso surge como sua motivação.

Criando, literalmente, uma premissa que não precisa se apegar a praticamente roteiro nenhum, a equipe executiva do Arrowverse se une para brincar com o universo da DC de uma forma única, com a liberdade criativa de conceber um grupo original, formado pelos personagens de Arrow The Flash que possuíam um grande potencial, mas acabavam por não ser explorados por serem apenas personagens de apoio, e os dar um protagonismo e espaço, o que fez com que a série seguisse sem amarras e pudesse não só expandir graciosamente o universo das séries da DC, como ainda brincou com as possibilidades de futuros caóticos que poderiam ser facilmente destruídos após uma viagem ao passado ou um ajuste no tempo. O resultado final foi uma série livre para se desenvolver sem uma expectativa, rodeada de personagens que possuem uma base e livre do peso dos enredos pré-existentes em arcos, se tornando um braço do Arrowverse que não tem um final idealizado pelos fãs que precise satisfazer.

 

https://www.youtube.com/watch?v=s265LQoYfJ4

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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