Review | Constantine: City of Demons [Season 1]

Nota
3

“Nós somos você, Johnny!”

John Constantine é um experiente caçador de demônios e mestre do ocultismo que usa suas habilidades para proteger o mundo dos terrores sobrenaturais, até que um dia um velho amigo bate a sua porta. Chas Chandler, seu melhor amigo na adolescencia, surge pedindo ajuda a John, pedindo para o homem salvar sua filha, Trish Chandler. Quando John chega ao quarto do hospital onde a garota repousa, acaba precisando da ajuda de Asa, a poderosa Enfermeira Pesadelo, para descobrir qual entidade está em posse do corpo e da alma da garotinha.

A websérie do CW Seed, que é criada por Greg Berlanti e David S. Goyer, estreou  WonderCon de 2018, o que garantiu que a série seguisse sendo desenvolvida para ser lançada em 24 de Março de 2018. Sem relação nenhuma com a série da NBC, o show é composto por cinco episódios de cerca de cinco minutos que, mesmo seguindo a mesma premissa da série em live-action e mesmo trazendo Matt Ryan no papel protagonista, não se assemelha em nada com sua antecessora. A série ainda se apoia no incidente de Astra Logue em Newcastle, mas recria o incidente de uma forma que Nergal surge muito mais sanguinário e incontrolável frente a um John muito mais inexperiente e desesperado. O show nos surpreende ao criar uma nova dinâmica entre John e Chas e trazer um aprofundamento no caso de Newcastle e em Renee Chandler, além de claramente não se encaixar no Arrowverse.

O elenco de dubladores se completa com Damian O’Hare como Chas Chandler, Laura Bailey como Asa,  e Emily O’Brien como Renee Chandler, que conseguem criar uma atmosfera perfeita apenas com a voz, tornando a trama que, mesmo curta, não pede outros dubladores em momento nenhum, mas pede mais roteiro o tempo todo. A série animada peca ao ser curto, assim como as duas temporadas de Vixen, o que mostra que a CW Seed foi criada para expandir da forma mais precária possivel o universo de Arrow, sendo precário até nos momentos que não o expande e deixando um gostinho de quero mais, mesmo que um gostinho mais fraco do que o que a série live-action deixa.

O mais interessante é a forma como a série se encaixaria perfeitamente como um prologo da série da série da NBC caso se permitisse, caso tivesse sido melhor planejada para se conectar e enriquecer a mitologia que o live-action havia iniciado. Da mesma forma, a série seria ainda mais interessante se seguisse o enredo iniciado pela NBC, que teve sua série cancelada antes de concluir o arco que iniciou e mereceu, assim como ainda merece, ter uma conclusão digna. A grande questão é que, no final das contas, a nova série se propõe a criar um novo arco e se desenvolver independente da série da NBC e do Arrowverse, mas no final repete o feito de chegar a um fim inacabado e criar um arco que parece que nunca será desenvolvido.

 

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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