Crítica | Jumanji – Próxima Fase (Jumanji: The Next Level)

Nota
3

“Bem-vindos a Jumanji!”

Depois de sair de Jumanji e destruir o videogame, o quarteto formado por SpencerMartha, Fridge e Bethany acaba o ensino médio e se separa, seguindo suas vidas. Agora, um ano depois, chega as férias e eles voltam a cidade e decidem se rever mas, quando Spencer desaparece, o grupo descobre que o garoto guardou as peças do videogame Jumanji e tentou consertar o jogo no porão da casa de seu avô, religando Jumanji e sendo sugado, fazendo com que o grupo decida voltar a visitar Jumanji na tentativa de salvar o amigo, mas a volta ao jogo não acontece da mesma forma que antes agora que, acidentalmente, Eddie, o avô de Spencer, e seu amigo, Milo Walker, acabam sendo sugados junto.

Jumanji está diferente dessa vez, depois de vermos o jogo ser convertido de um tabuleiro para um videogame, vemos agora o jogo se renovar mais uma vez e ganhar, literalmente, uma nova fase. A quest que vimos o grupo seguir no segundo filme da franquia não existe mais, agora o grupo precisa Jurgen, o Brutal e recuperar uma outra pedra, mas além do novo desafio, o grupo precisa aprender a lidar com Eddie e Milo, que se encantam com seus avatares e parecem não conseguir absorver suas missões dentro do jogo, e com Ming Fleetfoot, um novo avatar que surge no jogo e pode ajudar o grupo. Claro que uma nova fase não muda apenas os objetivos, agora os avatares ganharam novas habilidades e novas fraquezas, que podem interferir, e muito, no andamento dessa nova quest.

Se no segundo filme tivemos um show de atuação ao ver Dwayne Johnson viver um adolescente impressionado e com baixa auto-estima, agora a produção do longa consegue superar e mostrar que a versatilidade de ‘The Rock’ pode ir além de tudo que imaginamos, já que agora temos não só o Dr. Ardente Bravestone no jogo, mas agora temos Dwayne Johnson interpretando Danny DeVito, o que leva o filme a outro patamar muito melhor. Claro que a atuação de Danny Glover não fica para trás, o ator adiciona camadas dramáticas e emocionantes à trama ao mesmo tempo que brinca o tempo todo e equilibra totalmente a comicidade ao lado de DeVito, e tem esse equilíbrio transferido para Kevin Hart, que consegue manter a dinâmica estupenda ao lado de Dwayne Johnson. Com uma carga tão grande focada nessas duas duplas, a comédia de Jack BlackKaren Gillan acaba ficando esquecida, o que não é ruim, já que tivemos tantas piadas sendo usadas em Welcome to the Jungle que essa pausa soa revigorante.

Surgindo muito mais como um DLC do que como uma sequencia, o longa de Jake Kasdan parece não adicionar muito à mitologia da franquia, mas ao mesmo tempo deixa no ar que Jumanji é um jogo adaptativo, que muda completamente a cada vez que é vencido, podendo mudar completamente sua quest ou mudar seu jeito de ser jogado, deixando no ar que a conversão de tabuleiro a videogame pode ter sido apenas uma exemplo das adaptações mágicas de Jumanji. Tudo fica ainda mais evidente no pós-credito desse filme, que potencializa ainda mais a trama ao lançar um possivel gancho para um quarto filme que tem tudo para ser ainda melhor que seus antecessores e que parece querer resgatar mais a fundo a nostalgia ao trazer elementos mais fortes do primeiro longa.

“E lembrem-se: o futuro de Jumanji está nas suas mãos.”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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