Crítica | O Grito (The Grudge) [2020]

Nota
3

Muldoon (Andrea Riseborough), uma jovem detetive, enfrenta uma recente e turbulenta perda em sua vida, decidindo por tentar um recomeço na Pensilvânia ao lado de seu filho único. A mulher acaba ficando no comando da investigação do curioso caso da senhora Matheson (Lin Shaye), que matou a própria família dentro da residência, mas o que ela não sabe é que esse caso está conectado com uma antiga maldição, que vem sendo passada adiante desde que suas primeiras vitimas se depararem com a entidade rancorosa em forma de uma garotinha de rosto assustador. Muldoon inicia a sua perseguição, buscando acabar com a assombração, chegando até à interligar aos primeiros relatos da maldição, no Japão, com o casal de corretores Nina Spencer (Betty Gilpin) e Peter (John Cho).

Após dezesseis anos de suas duas sequências, não muito bem sucedidas, a franquia conhecida por utilizar se inspirar o conto de terror japonês “Ju-On: The Grudge”, O Grito, retorna aos cinemas num reboot dirigido por Nicolas Pesce, trabalhando criativamente ao lado de Sam Raimi. Mesmo tratando-se de um reboot, a produção soube trazer um novo ponto de partida inovador, mas esqueceu das raízes essenciais que serviram como marco para a franquia de O Grito, as utilizando como uma espécie de conexão ou de referência principal, tendo como principal tarefa buscar um recomeço para o filme.

Durante o clima de superação, que surge confrontando os acontecimentos diários que permeiam o enredo, somos apresentados a cenas fortemente violentas, como as frias mortes, e alguns jump scares em dosagem ideal. O longa deixa claro que não há necessidade de uma narrativa apelativa, criando um contexto maior de drama. Como era de se esperar, Lin Shaye se destaca na trama, mesmo em meio a um elenco com vários nomes conhecidos, entregando uma ótima atuação como em seus trabalhos anteriores, se destacando por sua naturalidade em sua atuação mesmo que em suas pequenas aparições.

Se despedindo com uma reviravolta inesperada, quando parece que teríamos um final totalmente diferente, fica evidente que podemos considerar que o reboot de O Grito consegue ser um bom filme, e podemos ainda considerar que o longa é capaz de superar os filmes que o antecederam.

 

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