Crítica | O Passageiro (The Commuter)

Nota
2

Durante o seu trajeto usual de volta para casa, um vendedor de seguros é forçado por uma estranha misteriosa  a descobrir a identidade de um dos passageiros do trem em que se encontra antes da última parada. Com a rotina quebrada, o homem se encontra no meio de uma conspiração criminosa.

O cinema é um lugar no qual aprendemos lições importantes. Digamos por exemplo que os terroristas já sabem que em hipótese alguma devem raptar a filha de Liam Neeson. Caso isso acontecer, ele irá encontrar e matar quem tocar na sua filha. Pois bem, agora em 2018 aprendemos outra lição importante sobre o ator. Caso você esteja em um transporte público e o personagem de Neeson aparecer, pode ter certeza, algo muito perigoso está prestes a ocorrer.  Brincadeiras à parte, em O Passageiro, novamente temos o ator envolvido em uma produção no qual seu personagem precisa resolver um crime enquanto está dentro de um local fechado.

Em 2014 o diretor espanhol Jaume Collet-Serra ficou responsável em levar sua visão para o longa Sem Escalas, onde dirigiu Liam Neeson. No longa, o ator vivia um veterano responsável pelo controle aéreo que acabou recebendo uma mensagem afirmando que a cada 15 minutos um passageiro daquele avião iria ser assassinado. O filme entregou um ótimo suspense com personagens muito bem trabalhados e desenvolvidos. Quatro anos depois o diretor e o ator se reuniram novamente.

Infelizmente em O Passageiro, a dupla não consegue repetir o suspense e a intriga da produção anterior. Os problemas começam com a logística. Enquanto em Sem Escalas o público conseguia visualizar muito bem o local do avião em que cada ato se passava, dessa vez a imensidão do metrô deixa por muitas vezes a trama confusa. Mesmo achando um modo bem prático de separar os principais suspeitos, dessa vez o roteiro não dá tempo para exibir e desenvolver cada um deles.

Além disso, a resolução dessa vez acaba sendo muito mais óbvia e natural do que se espera. Tudo é entregue muito fácil sem surpreender o público na sala de cinema. Apesar de ter bons efeitos especiais e cenas de lutas bem coreografadas, o longa não bate de frente com as produções anteriores do gênero. As participações de Vera Farmiga e Patrick Wilson acabam se tornando mínimas para atores desse calibre.

No fim das contas, O Passageiro é um filme raso, com bons lampejos de uma história que poderia ter sido muito mais intensa, intrigante e até mesmo divertida para se assistir numa sala de cinema. Quem sabe numa próxima produção, teremos Liam Neeson preso com passageiros em um navio, um ônibus ou trem.

 

Formado em publicidade, crítico de cinema, radialista e cantor de karaokê

Resposta de 1

  1. Liam Neeson continua fazendo filmes cheios de suspense e muito drama. Eu adorava vê-lo ao lado de Patrick Wilson, um ator que eu amo. Ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Na minha opinião, Fome de Poder foi um dos melhores filmes 2016 que foi lançado. O filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Além, acho que a sua participação neste filme drama realmente ajudou ao desenvolvimento da história.

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