Crítica | Pokémon: Mewtwo Contra-Ataca – Evolução (Pokémon: Mewtwo Strikes Back Evolution)

Nota
3

“Onde estou? Quem … sou eu? Quem é você?”

Um grupo de cientistas vão ao fundo de uma floresta tropical para encontrar um pequeno fóssil do Mew, tudo que eles precisavam para criar um clone do mais poderoso Pokémon conhecido. Um tempo depois, Mewtwo, o clone de Mew, sai completamente do controle e acaba indo parar nas mãos de Giovanni, um perverso homem que só quer usar o poder de Mewtwo a seu favor, o que leva o Pokémon a se rebelar contra a raça humana, desejando tomar o controle do mundo e extingui-los.

Próximo àquela área, Ash Ketchum está viajando acompanhado dos seus amigos MistyBrockPikachu quando acaba sendo desafiado por um treinador um treinador da região e, durante a batalha, chamando a atenção de Mewtwo, que estava vigiando a região através de uma câmera colocada em um Fearow, enviando imediatamente, por meio de um Dragonite, um convite para os três treinadores irem ao seu palácio em New Island. O grupo logo se une para uma épica jornada, enfrentando uma gigantesca tempestade, ao lado da Equipe Rocket, que os leva até o perigoso palácio onde reside o monstro, que sequestrou a Enfermeira Joy e acabou de atrair a atenção do brincalhão Mew, que não era visto por humanos a milênios.

Lançado no Japão, pela Toho, em 12 de julho de 2019, o remake de Pokémon: The First Movie traz uma nova versão do filme clássico, oferecendo um roteiro levemente alterado para tornar a trama mais rápida, compensando o tempo com um CGI muito mais trabalhado, e uma versão extremamente egoísta do Mewtwo, tirando toda a carga moral que o pokémon tinha no original e o transformando num vilão sem nenhuma motivação realmente altruísta, o que tira completamente a razão de existir que o filme sempre teve. O longa acabou sendo lançado no resto do mundo apenas em 27 de fevereiro de 2020, como ação da Netflix para o Pokémon Day, o que nos permitiu ver a versão dublada do filme, nos surpreendendo com a forma como Charles Emmanuel consegue substituir magistralmente a dublagem do Ash de Fábio Lucindo, nos fazendo sentir a diferença no inicio do longa, mas logo nos deixando confortáveis, e trazendo de volta a, insubstituível, dublagem de Guilherme Briggs, que novamente dá um show dando voz ao poderoso Mewtwo, mesmo que este não seja o Mewtwo que aprendemos a amar a 22 anos atrás.

O longa investe pesado no CGI e nas luzes, substituindo os diversos frames de ataques, tradicionais para a animação 2D, por lindos efeitos luminosos e de fumaça, que embelezam cada cena onde um dos monstrinhos são atingidos. É incrível como a luz, que é usada como principal artimanha do longa, oferece um glamour adicional à trama, dando um ar moderno ao mesmo tempo que torna tudo muito mais poderoso, muito melhor, muito mais puro e muito mais perigoso. É de uma grande decepção saber que o longa cresceu tanto em termos técnicos, tornando-se tão mais belo visualmente, ao mesmo tempo que foi enfraquecido vertiginosamente em termos de enredo, com seu Mewtwo puramente mal, que em nada desperta nossa empatia.

Toda essa construção falha, junto com o fato de os produtores mudarem coisas essenciais ao longa, faz com que produção perca a sua alma, nos levando a ver um filme sem quase nenhuma carga emocional, mesmo depois de nos brindar com maravilhosas experiencias criativas, que acabam fazendo com que uma das cenas mais icônicas da história dos filmes da franquia acabe se tornando apenas uma cena, que surge desprovida de qualquer mágica ou toque especial, muito longe do que transbordava no filme de 1998.

“Isso não é uma ataque nem uma declaração de guerra, foram vocês que me criaram…
E eu estou pronto para contra-atacar”

 

https://youtu.be/fgjMh07s1hc

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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