Crítica | Space Jam: O Jogo do Século (Space Jam)

Nota
3.5

Em 1973, o jovem Michael sonhava com um futuro de sucesso, uma carreira no basquete onde poderia ser uma estrela, e ele conseguiu, se tornando o grande Michael Jordan. Mas seu tempo se foi, o jogador decidiu abandonar as quadras e se aposentar de vez.

Longe dali, no espaço, um mercenário vê seu parque de diversão fracassando, o que o faz decidir enviar seus pequenos lacaios para capturar novas atrações, os seres lunáticos da Terra, que coexistem numa dimensão paralela à nossa, os Looney Tunes.

Quando os invasores chegam à Terra, acabam sendo enrolados pelos habitantes desse mundo paralelo, que os convence a marcar uma partida de basquete, colocando em jogo a liberdade deles. Os invasores aceitam a aposta, surpreendendo os Looney Tunes com seus poderes, vindo para nossa realidade e capturando o talento dos melhores jogadores da NBA, o que faz os lunáticos seres precisarem apelar para um apoio maior, Michael Jordan, que acaba sendo trazido da terra comum (ou Tridimensiolandia) para a realidade Warner pelo Pernalonga, se juntando ao coelho e seus amigos, como PatolinoFrajolaPiu-PiuFrangolino, GaguinhoPapa-LéguasHortelinoCoyote, Taz Eufrazino, para lutar pela liberdade desses seres animados. Cabe agora a Jordan fazer o grupo completamente inábil se tornar em um poderoso time de basquete que, junto com a estupenda Lola Bunny, devem derrotar os aliens ou se tornarem escravos eternamente.

Trazendo o enorme desafio de unir a tridimensionalidade do mundo real com a bidimensionalidade dos desenhos animados, o roteiro de Leo Benvenuti, Steve Rudnick, Timothy Harris e Herschel Weingrod consegue mesclar bem seu clima de aventura com a comédia familiar que é tão comum aos Looney Tunes, que fica tão fluida com o encontro dos dois mundos que não tem como negar o quão maravilhosa foi a direção de arte de David Klassen. O longa rapidamente se tornou um clássico do cinema, marcando a história com o emocionante embate entre o Tune Squad e os Monstars, e um evento que com toda a certeza deve ter marcado a carreira do diretor Joe Pytka e do jogador Michael Jordan, tendo as participações de Bill Murray, Dan Castellaneta e Patricia Heaton, três grande nomes do humor que surgem de forma tão pontual mas fazem bem a sua parte, deixando seu brilho no filme, assim como é elogiável as participações dos jogadores  Patrick Ewing, Charles BarkleyLarry Johnson, Muggsy Bogues e Shawn Bradley, que acabam tendo seus talentos roubados e inspiram o visual monstruoso de Pound, Blanko, Bang, Bupkus e Nawt, os cinco aliens que surgem como campeões do Senhor Swackhammer, que tem poucas aparições mas tem tempo de tela suficiente para vermos o maravilhoso trabalho de seu dublador, Danny DeVito.

Lançado em 1996, o longa teve recepções mistas pelos críticos, mesmo assim foi um sucesso de bilheteria, que lhe garantiu o título de filme de basquetebol mais rentável, e acabou sendo indicado para vários prêmios, se destacando o  fato de ter ganhado o Grammy de Melhor música escrita especificamente para cinema ou para televisão por “I Believe I Can Fly“, de R. Kelly, que emoldura diversas cenas do longa e parecem ter relação com uma piada que surge no inicio do filme, que cria uma imensa expectativa com um possivel acontecimento do filme. No fim das contas, Space Jam se torna simplesmente um filme mediano, trazendo um roteiro um pouco superficial e rápido demais, que deveria ter maiores pausas para curtirmos os acontecimentos, repleto de referências bem legais ao basquete e ao mundo real, que talvez passem batido para quem não conhece muito bem os envolvidos, e que poderiam ter sido melhores desenvolvidas se não fossem as atuações fracas envolvendo os coadjuvantes da trama, que pode ser relevado pelo fato de que eles não são atores, deixando, mesmo assim, um resultado que funciona muito bem, diverte e agrada bastante como um filme para assistir com a família.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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