Resenha | Ninguém Faz Melhor

Nota
4.5

“Decisões, decisões… Onde estaremos todos daqui a exatamente um ano? Será que podemos sobreviver uns sem os outros? Procure não pirar – ainda”

Enquanto espera pela resposta definitiva sobre sua ingressão na faculdade de seus sonhos, Blair Waldorf deseja curtir ao máximo seu ápice emocional. Após perder sua virgindade com o homem perfeito, B só deseja passar cada segundo do seu dia recuperando o tempo perdido, trazendo um momento oportuno para se afastar dos problemas familiares que insistem em rodeá-la. Alugando uma suíte no Plaza, a patricinha constrói um cenário perfeito para seu filme romântico com Nate… Se não fosse o desaparecimento do mesmo.

Enquanto isso, Jenny Humphrey decide colocar em prática seu plano. Agora que sentiu o gosto da fama, a garota está determinada a ser uma estrela, mesmo que para isso ela use todos ao seu redor e quebre de vez a imagem de boa moça que sempre teve. Com o final do semestre cada vez mais próximo, os jovens privilegiados fazem aquilo que sabem fazer de melhor – se divertir. Seja na casa super cool do guitarrista mais cobiçado de Nova York, ou em um cruzeiro sequestrado, tudo é motivo de festa para eles… Mesmo que tal evento tenha consequências devastadoras no futuro.

Chegando ao sétimo volume, Gossip Girl define ainda mais seu tom, trazendo reviravoltas interessantes e armando sua base para as divisões possíveis que começam a surgir. Gossip Girl – Ninguém Faz Melhor começa com as improbabilidade deixas pelo volume anterior, explorando o novo cenário construído enquanto nos mostra que existe um caminho ainda maior pela frente. Cecily Von Ziegesar consegue explorar bem todos esses dilemas, de forma divertida e caótica como só alguém que presenciou tais loucuras poderia escrever.

É aqui que a autora inverte totalmente os valores, trazendo ações e atitudes totalmente contrárias e engradecendo ainda mais a futilidade de seus protagonistas. São dinâmicas surpreendentes e ligações emocionais que não sabíamos querer até ler em suas páginas, evitando que a saga caia na mesmice e abalando sua estrutura narrativa.

Um ótimo exemplo é o que acontece com Jenny. Desde o volume anterior, J decidiu ser mais parecida com Serena, espelhando suas atitudes na jornada da garota e desejando não tão secretamente sua grandeza natural. Nesse livro, a garota decide ir mais além, tornando-se obcecada por sua mentora e largando de vez sua personalidade tímida e gentil. J usa o seu recente sucesso e o alavancar musical de seu irmão para estar por dentro de tudo o que acontece, preparada para roubar os holofotes e ser a nova garota problema. É interessante ter essa nova perspectiva da personagem, que já mostrava tais facetas de uma maneira mais contida, mas que agora joga tudo pro ar para cumprir seu objetivo.

Dan está extasiado. Quem imaginaria que um esquisitão como ele poderia se tornar uma estrela do Rock? Descoberto na caótica festa de sua ex namorada Vanessa, o rapaz ainda não está acostumado com seu novo status… Embora curta bastante o que esta acontecendo. D traz todo aquele deslumbramento com a fama que tanto ouvimos falar, levantando o velho questionamento se realmente vale a pena ir tão fundo no sonho americano.

Embora traga novos traços às personalidades das garotas, Cecily sabe manter bem a essência de cada uma, mostrando a poesia surpreendente que alguns atos podem ser no início, e que eles fazem total sentido quando avaliados com mais cuidado. Vanessa está mais solitária que nunca. Após a partida de Dan, o apartamento em que mora parece vazio e imenso, o que a faz procurar um possível colega de quarto. É assim que ela conhece Beverly, um artista relaxado que desperta um novo lado na cineasta. Serena sempre foi baladeira e pronta para qualquer agito, mas ultimamente isso tem soado cansativo e sem graça. A garota se mostra ainda mais decidida a ir para Yale, mas não sabe como dar a notícia à sua melhor amiga… Afinal, Blair pode virar um verdadeiro monstro quando se trata de seu futuro incerto.

Blair vem roubando a cena a cada novo volume, e não seria diferente com esse. A patricinha tem os melhores arcos das tramas e está no centro das atenções, sendo um dos motores da saga e trazendo alguns dos melhores momentos, com sua personalidade marcante e extremamente… Blair. Não é a toa que ela seja tão bem aproveitada e consiga passar pela montanha-russa emocional com tanta graça e classe. Tudo nela é ótimo, trazendo o tempero necessário para nos prender à trama.

A capa da edição traz um dos momentos mais importantes da saga, o que deixa qualquer fã agradecido e orgulhoso ao perceber do que se trata. A edição continua impecável, mostrando todo o cuidado que a Editora Record tem com o projeto, o que é digno de nota e aplausos.

Com um dos finais mais escandalosos da saga, Gossip Girl – Ninguém Faz Melhor prova que ainda tem muita coisa para acontecer. Renovando nosso interesse e trazendo o melhor do seu mundo glamouroso, o livro nos mergulha em seu universo e nos deixa sedentos por sua continuação que, se continuar assim, tem tudo para ser um sucesso.

“Como lobos em pele de cordeiro, todos parecemos muito inocentes em nossos uniformes escolares, mas este fim de semana não passou sem repercussões.
Eu serei a primeira a contar quando a merda se espalhar!
Pra você que me ama,
Gossip Girl”

 

Ficha Técnica
  Livro 7 – Gossip Girl

Nome: Ninguém Faz Melhor

Autor: Cecily Von Ziegesar

Editora: Galera Record

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Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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