Crítica | É Fada!

Nota
3

Geraldine (Kéfera Buchmann) é uma fada que perdeu suas asas por utilizar métodos pouco convencionais em suas missões. Sua última chance para recuperá-las será a missão Julia (Klara Castanho).

Logo de inicio somos apresentado à vida de Julia, uma garota que nasceu de um deslize em uma festa, e logo foi abandonada (ainda bebê) pela sua mãe, que foi crescer na vida na Europa, ela então passa a ser criada somente pelo pai, com muito amor e poucos recursos. Alice, sua mãe, retorna anos depois e passa a questionar a educação de Julia. E para isso Geraldine se torna necessária para ajudá-la a vencer os preconceitos e estabelecer novas amizades, o problema é que Geraldine é uma fada extremamente atrapalhada e incomum.

O longa de Cris D’Amato parece se adequar bem a uma trama para um filme infanto-juvenil, com uma ideia que segue o clichê e não peca na hora de explanar a ideia central, o problema é que o filme não se adéqua exatamente ao público previsto. O longa, apesar de não ter vergonha de brincar consigo mesmo, vem com uma carga muito grande de palavrões, que não deveriam existir em filmes com censura de 12 anos. Outra grande fraqueza do longa é o roteiro em si, que se desenvolve mal e acaba não sendo salvo pelas mãos da cineasta.

Temos uma fada que luta para dar uma lição, ela mostra a Julia o que é se sentir popular e usa isso como forma de dar uma lição de moral na garota, o problema é que isso não fica tão explicito no decorrer do filme, a ponto de ser necessária uma rápida explicação do objetivo, e ainda assim deixa uma duvida no ar, de não sabermos se essa foi realmente a intenção ou foi apenas um desculpa usado pela fada para se safar. E eis que somos surpreendido com a atuação de Kéfera, aquela que esperávamos ser a pior atuação do filme acaba se destacando, nos fazendo ter pena de Kéfera e Klara Castanho ter sido colocadas numa trama tão preguiçosa.

Outra coisa que prejudica bastante o longa é a trilha sonora, que traz muitas músicas fora do contexto, e acaba prejudicando certas tramas. Fora, claro, aquele final nada haver que nos é jogado com um envolvimento geral para tornar tudo ainda mais aceitável, uma ideia que enfraquece a mensagem final da trama e faz tudo ser bobo e fraco demais. A atuação ainda é prejudicada pela escolha de Mariana Santos e Sílvio Guindane para serem os pais da garota, uma dupla que se destaca no humor mas acaba sendo jogados no núcleo dramático do longa e não se desenvolvem bem, e muito menos se destacam, além do fato de Bruna Griphao, que tem uma boa atuação durante o longa, não ter um destaque o suficiente para melhorar visualmente a trama.

 

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *