Crítica | The Duff

Nota
3.5

“Duff, D-U-F-F, Desengonçada, Útil, Feia, Fofa”

Bianca Piper é uma adolescente muito inteligente que não segue totalmente os padrões. Ela não tão atraente quando suas melhores amigas, Jess e Casey, e nem popular como seu vizinho, e amigo de infância, Wesley Rush, estrela do time de futebol da escola. Bianca sempre foi apaixonada por Toby Tucker e não via problema nenhum em sua vida, até o dia que foi em uma festa na casa de Madison Morgan, a garota mais popular da escola, que se tornou um desastre depois que Wes acabou lhe revelando que ela é uma “DUFF” (Designated Ugly Fat Friend), ou seja, ela é a “amiga feia e acessível” que tem a simples função de ser usada pelos caras para se aproximar de Jess e Casey.

Quando Bianca descobre seu papel, seus olhos se abrem de uma forma violenta, a fazendo começar a enxergar os DUFFs que circulam pela escola, se revoltar com suas melhores amigas, se afastar delas, e ver como o mundo realmente é dentro do colegial, como todos ao seu redor realmente a enxergam, e como ela fica invisível quando está ao lado de suas amigas. A chance de mudar logo cai no seu colo quando ela vê Wes levar uma bronca de seu professor, o garoto está tirando notas baixas e pode ser tirado do time da escola. Vendo a oportunidade, Bianca dá a grande proposta a Wes: Ajuda-la a ser uma garota mais atraente, e chamar a atenção de Toby, enquanto ajuda Wes a alcançar a nota que precisa para não sair do time. Tudo isso enquanto precisa conviver com os conselhos de sua mãe, Dottie Piper, uma conceituada escritora de auto-ajuda que ganhou a fama ao criar os cinco passos para superar o divórcio.

The Duff é aquela típica comédia adolescente clichê e previsível que nos divertimos assistindo. Com direção de Ari Sandel, o longa, que é baseado no romance de Kody Keplinger e protagonizado pela divertidíssima Mae Whitman, tem seu diferencial justamente em sua protagonista, é ela quem introduz toda a comédia que preenche o longa, com seu jeito completamente amalucado, que ela empresta bem à sua protagonista, combinado a toda a fragilidade que sua personagem possui, criando um bom equilíbrio para compor uma personagem que vai nos acompanhar, nos alegrar e nos tocar em diversos momentos do filme. Robbie Amell faz o papel do galã do filme, tendo uma incrível química humorística com a protagonista, imergindo na comédia de uma forma que é capaz de ver a fluidez que a dupla possui, brincando nos momentos certos e ascendendo o drama sempre que é necessário.

Apesar de o foco da trama estar todo em cima de Mae e Robbie, a produção possui um elenco de apoio incrivelmente estrelado, que pontua suas participações de uma forma essencial, impulsionando o enredo adiante, apesar de parecer uma salada de personalidades desnecessárias dentro da trama. Temos a presença Bella Thorne, Skyler Samuels, Ken Jeong, entre tantos outros, que possuem uma forte presença de tela e acabam, de certa forma, sendo um talento desperdiçado dentro do longa. O longa acaba sendo potencializado por conta de sua trilha, que traz singles de Nick Jonas, Fall Out Boy, Jessie J e The Chainsmokers, que dão uma pegada mais jovial e empolgante à produção, usando uma forma completamente inovadora de debater sobre bullying. No fim das contas, The Duff é engraçado, leve, bem previsível, mas vale a pena pra quem curte um bom clichê adolescente.

“Se você não sabe quem ela é, é bem provável que seja você.”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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