Crítica | Liga da Justiça: Ponto de Ignição (Justice League: The Flashpoint Paradox)

Nota
5

“Aceitar as coisas que não posso mudar, ter a coragem para mudar as coisas que eu posso e ter a sabedoria para entender a diferença”

Barry Allen é um garotinho feliz e agitado, que ama incondicionalmente sua mãe, com quem sempre pode contar para tudo, até que um dia ao chegar em casa encontra o corpo de sua mãe no meio da casa destruída.

Anos depois, Barry ainda se culpa pela morte da mulher que tanto amava. Durante um ataque ao museu do Flash, vários vilões se unem contra o herói, liderados por Zoom, que tem um plano para destruir a cidade inteira. Em desvantagem, ele chama seus companheiros da Liga da Justiça, que o auxiliam a salvar o dia. Ao ser preso, o vilão diz ao Flash que ele não pode salvar todo mundo, principalmente aqueles que ama, o que deixa o herói pensativo e irritado.

Ao acordar na delegacia onde trabalha, se depara com um mundo completamente diferente do que estava, uma guerra entre Atlantes e Amazonas assola a humanidade e Barry não passa de um simples humano nesta nova realidade, quem seria capaz de fazer algo assim? Liga da Justiça: Ponto de Ignição tem como proposta dar inicio ao arco de Darkseid no Universo Animado da DC.

Com a criação do DCU, a Warner decidiu seguir a mesma linha com as animações, para tal era necessário uma história que ao mesmo tempo encerrasse um ciclo e iniciasse outro, assim surgiu um dos longas animados mais memoráveis de todos os tempos. Com roteiro de Jim Krieg e direção de Jay Oliva, a tarefa de adaptar a HQ “Flashpoint” foi arriscada e certamente rendeu bons frutos, a animação segue o enredo dos quadrinhos porém com algumas cenas extras para melhor contextualizar tanto o filme quanto a saga que ele deu início.

A animação segue o mesmo estilo que já era utilizado pela empresa, traço pouco cartunesco e teor mais adulto, contando com cenas explícitas de violência e mutilação. A trilha sonora completa a experiência, assim como diálogos inteligentes e constantes reviravoltas.

Barry Allen é o centro de tudo isso, ao acordar no meio da delegacia onde trabalha percebe que o mundo todo está diferente, o rapaz precisa compreender o que aconteceu e encontrar o ponto de ignição que deu origem a esta linha do tempo tomada pelo caos. Além disto também está sem seus poderes, tendo que pedir ajuda ao Batman, o único de seus antigos amigos que ele espera ainda estar normal.

Mulher Maravilha e Aquaman são o centro da guerra que está acontecendo, assim vemos uma versão violenta e destrutiva dos dois personagens mais queridos de toda a DC, ainda mostrando que as mesmas pessoas que salvam a humanidade, podem acabar com ela.

Batman é a esperança de Barry, mas também sofreu mudanças drásticas em sua personalidade nesta realidade. Não acredita de primeira na história que o garoto está contando, mas aos poucos vai compreendendo e ajudando o Flash a resolver toda a confusão em que se meteu.

Zoom é o principal antagonista do velocista, que ele acredita veementemente que foi o causador de todo o problema em que está metido, também impedindo que Barry consiga consumar seu plano neste novo mundo.

“Liga da Justiça: Ponto de Ignição” entrega aquilo que o público espera: cenas memoráveis, diálogos Inteligentes e uma trama que prende o espectador, consolidando assim o início do Universo Animado da DC. O longa ainda possui uma cena pós créditos, onde há dicas da próxima animação.

 

Graduado em Biológicas, antenado no mundo geek, talvez um pouco louco mas somos todos aqui!

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