Nota
“De hoje em diante não existe mais Chuck Bass”
Após um semestre conturbado, Serena (Blake Lively) e Blair (Leighton Meester) decidem se afastar do agito nova-iorquino e aproveitar suas férias em Paris. Visando deixar para trás seus problemas, as duas beldades tentam focar em suas férias mas parece que as marcas passadas insistem em ficar.
S deixou uma dura decisão para ser tomada em Nova York, enquanto B tenta esquecer todo sofrimento causado por Chuck (Ed Westwick)… Até ele aparecer na Cidade Luz em uma nova versão. Enquanto tentam absorver o novo impacto de um Bass regenerado, B e S passam a disputar uma vaga em Colúmbia, o que desperta uma velha rivalidade adormecida que pode trazer sérias consequências à amizade das duas.
Mas, como nada dura para sempre, as férias precisam acabar e o retorno para Manhattan pode ser mais perturbadores do que se imagina. Dan (Penn Badgley) precisa lidar com um presentinho deixado por Georgina (Michelle Trachtenberg) e a misteriosa Juliet (Katie Cassidy) se junta a Vanessa (Jessica Szohr) e à exilada Jenny (Taylor Momsen) para acabar de vez com aquela que representa tudo que mais odeiam na elite nova-iorquina: Serena van der Woodsen.
Seria a trindade do Brooklyn capaz de derrubar a intocável do Upper East Side? Ou estariam destinadas a mais um fracasso histórico como tantas antes delas?
É verdade que Gossip Girl até tenta se desviar das tramas de colegial e trazer um enredo mais adulto para suas temporadas, mas, ao longo dos três anos, a trama sempre se volta para conflitos estudantis que mostram a futilidade contida em seus personagens. O duro embate no final da temporada anterior e o chocante cenário para finalizar a saga conseguiram redobrar a atenção e despertar o interesse do público, nos fazendo questionar qual seria o futuro para a serie e se eles realmente teriam coragem de dar continuidade a algo tão severo. A resposta é não.
Josh Schwartz e Stefanie Savage escolhem um caminho mais leve, mas que continue as discussões levantadas anteriormente, demostrando o cuidado para com a trama mas sem chocar tanto o público. A corrosão dos ambientes sobre as personagens e a influência das famílias na elite nova-iorquina trazem dinâmicas fluidas e naturais para a jornada que já conhecemos.
Além disso, a temporada apresenta uma divisão coesa que ajuda o público a embarcar em suas subtramas, sejam elas boas ou ruins. Nem mesmo a repetição de velhos hábitos consegue diminuir aquilo que foi construído, o que se deve, em boa parte, às vilãs da temporada. Juliet se mostra uma verdadeira antagonista, trazendo uma obsessão vingativa sobre a loira mais protegida de Manhattan. A vilã coloca em pauta algo que os fãs já tinham notado a muito tempo, e que ganha ainda mais força nesse novo capítulo da jornada: não importa o que se faça, nem o quão grave os atos dela possam ser, Serena sempre será socorrida por todos aos seu redor.
O passado da loira é uma vertente oportuna para esse desenvolvimento, assim como seu constante questionamento sobre o que quer para seu futuro. Serena continua julgando a todos, mesmo sendo uma das personagens mais problemáticas da trama, demostrando uma reação hipócrita que constrói inúmeros inimigos, que estão cansados da mesma história recontada por aspectos diferentes.
Jenny e Vanessa fazem parte desse último grupo, observando que sempre serão subtraídas para que a estrela brilhe… Mesmo que isso destrua a vida alheia no processo. A saída de Taylor do elenco principal foi uma das maiores perdas da série, mas suas aparições ocasionais trazem um vigor esplêndido, que vale cada segundo dos episódios.
Na segunda parte entramos na trama familiar ocasionada pela presença poderosa de Charlie Rhodes (Kaylee DeFer), prima de Serena que retorna ao Upper East Side após ser mantida afastada da loucura fashionista por sua mãe. A novata entra em uma espiral de insanidade ao ser deslumbrada com o mundo do lado certo da ilha, tentando, a todo custo, usurpar a vida de sua prima.
O segundo foco se deve aos constantes embates titânicos entre Blair e Chuck, que trazem um novo tempero à trama e tentam demonstrar que sua visão de mundo está correta. O antigo casal entra em uma jornada destrutiva, despertando o pior um do outro até que uma choque de realidade caia sobre eles. Blair tem sua própria jornada, embora ela pareça ser uma recriação de alguns momentos passados da personagem. Seus relacionamentos amorosos, as dúvidas sobre quem ama de verdade e os conflitos de ego parecem uma reciclagem daquilo que já conhecemos da personagem.
Chuck tenta reestruturar sua índole e se tornar alguém melhor, visando ter um futuro diferente ao lado de Eva (Clémence Poésy), mas basta o antigo bad boy pisar em solo americano para seu passado começar a cobrar, com juros, suas dívidas. C tem um crescimento palpável ao longo da season, entendendo melhor o legado de sua família e a importância do que foi deixado para trás, principalmente quando o alto custo por suas ações lhe é imposto na segunda metade da temporada.
Dan passa a ter mais responsabilidade no decorrer da temporada, entendendo melhor seus conflitos internos e se apegando a um novo desvio que sua vida tomou. Sua relação com Milo é verdadeiramente adorável, chegando a nos dar um aperto no peito quando a verdade vem a tona. O Garoto Solitário também passa por sérias crises amorosas, entrando em um embate com Nate para conquistar o coração de Serena.
Por falar no Garoto de Ouro, N continua a não ter qualquer função narrativa dentro da trama, passando quase despercebido na história se não fosse por plots pontuais. O personagem só ganha alguma atenção quando passa a se relacionar com Juliet e, mesmo assim, tudo parece raso e superficial. A temporada ainda conta com a rápida participação de Cecily von Ziegesar, que colocada frente a frente com sua maior criação em uma cena bastante divertida.
Entre erros e acertos, Gossip Girl traz uma temporada morna, que consegue entreter aqueles que decidem segui-la até o final. Embora esteja longe de ter as empolgantes reviravoltas das anteriores, a trama sempre sustenta e tenta construir bem o que a série está preparando para seu futuro… Embora ele não soe nada promissor.
“Vocês dois eram apaixonados e juntos, vocês eram invencíveis. Mas agora que se viraram um contra o outro é só uma questão de tempo para se destruírem mutuamente.”
Phael Pablo
Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...