Nota
Depois de passar 6 anos vivendo todas as desventuras da família Charming em Storybrooke, Henry finalmente se tornou independente e saiu em busca de um novo mundo para construir sua historia, e nesse mundo ele conhece Ella, uma rebelde que busca vingar-se do príncipe, o homem que condenou seu pai, mas eis que um sapatinho de cristal acaba ligando eternamente Ella a Henry, garantindo um romance que logo gera Lucy.
Once Upon a Time, que sempre foi famosa por recontar os contos de fada num universo compartilhado e cheio de inovações, teve sua sétima temporada anunciada em 11 de maio de 2017, estreando, com “Hyperion Heights”, em 6 de outubro de 2017, e logo se tornando a última temporada da série, após o anuncio feito pela ABC em fevereiro de 2018.
A série começa sendo praticamente um reboot, onde revemos toda a primeira temporada sendo remontada com uma nova narrativa centrada em Henry Mills, que agora está adulto, que é procurado por Lucy para quebrar a maldição que foi lançada sobre o reino de onde todos eles vieram, e que agora aprisionou todos os personagens desmemoriados na cidade de Hyperion Heights, uma cidade liderada por Victoria Belfrey, a mulher que um dia foi Lady Tremaine, a madrasta de Ella.
A nova temporada acabou por descartar todo o elenco, deixando apenas Lana Parrilla, Colin O’Donoghue e Robert Carlyle no elenco, mas vale lembrar que essa nova maldição não é a de Storybrooke, então adeus a Regina, Hook e Gold, os três nascem numa nova maldição com novos nomes e novas personalidades e, venhamos e convenhamos, Roni, o novo papel de Lana, rouba a cena logo de cara.
A série traz ainda um novo elenco. Temos Andrew J. West substituindo Jared S. Gilmore no papel de Henry, mas que mostrou ser bem competente para o papel, já que ele conquistou a todos em poucas cenas, captando todo o espirito de uma trama ágil e surreal, mas que de inicio ficou muito mal usada e cansativa; A vilania inicialmente ficou a cargo de Gabrielle Anwar, a nossa Lady Tremaine, que traz vários segredos em seu passado e um dos mais importantes é seu primeiro nome, algo que vai virar a trama e que é usado como passada de bastão para a segunda vilã da temporada.
Alison Fernandez, a filha de Henry e a nova Verdadeira Credora, vem com toda aquela inocência que víamos no Jared da primeira temporada, mas com muito mais determinação e força, sendo capaz de protagonizar cenas fortes na busca por acordar a todos, o mesmo não se pode dizer de Dania Ramirez, a Ella, que se tornou rapidamente a personagem mais insossa, fraca e entediante, visto que seu tempo em tela era massante e há momentos que shippamos muito mais Henry com Ivy do que com sua alma gêmea.
A temporada trouxe ainda ótimas novidades como a maravilhosa Alice de Rose Reynolds, que, mesmo quando assume a personalidade da garota de rua Tilly, transborda loucura e maravilhas numa das melhores atuações da trama; Temos uma pequena, mas não despercebida, luz que brilha nas atuações de Mekia Cox, que mostra muita força em Tiana, a princesa que enfrentou seu vilão e liderou uma rebelião mesmo sem beijar seu sapo.
Adelaide Kane também brilhou horrores com sua Drizella, que parecia uma jovem Regina, com toda aquela trama do abuso materno e de usar seu poder para o mau apenas por raiva de sua mãe. Emma Both é outra que roubou a cena desde o momento em que se revelou ser uma bruxa das grandes, comandando um Coven de 8, e ganha ainda mais destaque depois que temos o episodio que mostra como ela virou vilã, mostrando suas motivações dolorosas mas ainda assim, puras, por ultimo, mas não menos importante, temos Tiera Skovbye, que vive uma Robin Hood indomável, mas que logo é flechada pelo cupido e vive um dos mais lindos romances que captura a empatia de todos em poucos segundos e se torna um otp.
E como se não fosse arriscado o suficiente ter toda a trama reinicializada nessa sétima temporada, os roteiristas ainda arriscam ao trazer dois novos vilões em “Is This Henry Mills?” (7×19), deixando apenas dois episódios para resolver todo esse novo problema, problema esse que foi resolvido de forma magistral, e risco que fez a série acabar em grande estilo, com “Leaving Storybrooke” (7×22) sendo exibido em 18 de Maio de 2018, e trazendo um final lindo, apesar de extremamente forçado, tivemos o fim da série com todo o brilho e pompa merecida, mas com aquele ar de que tudo foi corrido demais e que aquele não era o momento certo, como se faltasse toda uma trama antes para chegar nesse ponto, e é algo justificável, já que a serie teve pouco tempo para planejar um fim depois de seu cancelamento.
Mas no final das contas, essa sétima e ultima temporada trouxe tudo que faltava para ressuscitar a já fraca trama da série, e trazer um final justo para toda a série, com um ultimo episodio que fez todos os 7 anos de espera valerem a pena, mas com um gostinho de quero mais que, como a própria Regina fala, indica o inicio de uma nova vida e não um final feliz.
“E você pode pensar que isso é apenas uma história. Mas essa é a coisa sobre histórias… Elas são mais que palavras. Elas vivem dentro de nós. Elas fazem de nós quem somos. E enquanto alguém acreditar nisso… Sempre haverá magia.”
https://www.youtube.com/watch?v=o-UgQLRuw3M
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.