Crítica | O Chamado vs. O Grito (Sadako Vs. Kayako)

Nota
2

Yuri e Natsumi estão em busca de um videocassete para converter a fita de um casamento para DVD e, numa loja de segunda mão, encontram o aparelho, mas ele vem acompanhado de uma fita, a fita que carrega a maldição de Sadako. Do outro lado da cidade está Suzuka, uma garota que acabou de se mudar para uma casa ao lado da famosa casa mal assombrada, onde todos que ali adentram são assassinados por Toshio e Kayako.

Dois dos mais famosos filmes de terror japonês se encontram num cross over titânico para aterrorizar uma unica cidade, enquanto Yuri luta para sobreviver a Sadako, Suzuka teme as mortes que presencia de todos que invadem a casa de Kayako, e eis que surgem Keizō e Tamao, dois médiuns que percebem que a unica forma de destruir uma maldição assassina é cruzando as duas maldições, ou seja, é necessário que Sadako e Kayko queiram a alma da mesma pessoa para que lutem pelo privilegio de matar sua vítima.

Infelizmente uma das maiores falhas do filme é o clímax, ele se inicia muito bem, reapresentando toda a mitologia das personagens devagar e sutilmente, para que todos os que não as conhecem passem a conhecer mas sem virar um tédio para os que conhecem o filme de cor e salteado, sempre tratando elas separadamente, como se tivéssemos vendo dois filmes distintos. Até que a união acontece, o paranormal une as duas lendas e torce para que elas se aniquilem, mas claro que um filme de terror não é tão simples, e um plano desses não ia ser fácil, resultando no que vimos no trailer, duas assombrações lutando numa casa onde pessoas estão presas e tentam sobreviver.

Obviamente o projeto, que foi lançado como uma brincadeira de Primeiro de Abril e acabou fazendo tanto sucesso que logo se transformou na maior aposta do terror japonês, tem muito mais potencial do que realmente executa. Temos um roteiro chato, que não consegue justificar muitos dos seus atos, e se desenvolve muito lentamente até chegar no ponto mais esperado do filme, a batalha. Quando a batalha chega, ela se enche de CGI, e temos a luta mais entediante do cinema, ela não instiga, não se demora, e muito menos tem impacto, na verdade ela não chega nem aos pés do que vimos no trailer, e logo se torna cansativa.

Quanto ao tempo de tela, temos a plena certeza que estamos vendo um filme da Sadako com a participação especial de Kayako, já que a fantasma da fita aparece em 40% do filme, enquanto a fantasma da casa só tem cerca de 10% de presença, perdendo ate pra Toshio, que arrisco dizer que aparece em 20% do filme. Em resumo, expectativa a mil, realidade decepcionante, resta agora torcer para surgir um remake americano que tente dar uma visão mais “Michael Bay” no filme e faça ele ser mais emocionante.

 

https://youtu.be/hbBJkYv68Nw

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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