Crítica | Missão Impossível: Acerto de Contas Parte 1 (Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One)

Nota
5

Você considera opera a arte do mais alto grau? Essa é a definição do que Christopher McQuarrie consegue trazer para a parte um do “final da franquia” Missão: Impossivel, a trilha sonora é f@#$. Quatro anos após os eventos de Efeito Fallout, Tom Cruise e sua trupe volta para MI 7: Acerto de Contas – Parte 1, com a parte 2 chegando aos cinemas já em 2024. O filme traz adições excelentes ao elenco, Hayley Atwell cai como uma luva, dando uma leveza e risos durante boa parte da produção, em uma orquestra sinfônica onde sabemos a hora que vem o êxtase e o ápice, aquele momento que te coloca na ponta da cadeira e que faz sua respiração palpitar, ela te puxa para a imersão interrupta e paralisia por cada cena, por cada acorde, por cada nota, por cada música.

Tom Cruise quer te dar uma experiencia única não é como se fosse apenas um café da manhã, mas sim um jantar a luz de velas, quem sabe em Veneza, certo? Com maestria, a sintonia de um roteiro simples e batido funciona, clichê não é ruim se é bem-feito, a música toca no mar, no ar e sobre a terra, em cada cena de ação você espera o pior e tem que lidar com o que recebe, a humanidade estaria pronta para um mundo de IA? Recebemos do filme uma versão da realidade na qual a IA quer basicamente ter autocontrole após se torna consciente de si própria.

A missão é simples: pegar a chave que conecta a IA, chamada de Entidade. Uma história baseada claramente no anticristo (em forma de IA), que possui seu próprio mensageiro da morte, ou anjo infernal, tentado criar seu próprio estado único de governo. Temos então uma corrida mundial pela chave, e Tom Cruise mantem sua aula de cinema, que desafia as próprias leis e paradigmas da morte, quando você assistir ao filme e se perguntar se aquela cena é real.. Sim ela é. Isso é cinema

As 2h e 43 minutos de Acerto de Contas – Parte 1 realmente são longas, mas, sinceramente, nem dá pra sentir, a opera não para de tocar, a tensão não acaba nem por 5 minutos. Não dá para deixar passar batida a participação de Vanessa Kirby, cirúrgica e uma das responsáveis por fazer a trama andar. As sequencias de ação no deserto, em Veneza e no trem são as maiores notas músicas da orquestra do filme, ao lado do carisma do Tom Cruise e Hayley Atwell, mais de 27 anos de franquia e de Ethan Hunt. Sua missão, caso deseje aceitar essa experiencia, é ir à melhor sessão disponível em sua cidade. Não deixe para ver em casa.

 

Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.

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