Nota
Killing Eve, adaptação de Codinome Villanelle, de Luke Jennings, vamos conhecer Eve Polastri e sua frustação por trabalhar na parte burocrática do MI5. Diante de seu fascínio pelos casos recorrentes de assassinatos e a certeza de que foram cometidos por uma mulher, ela começa a fazer sua própria investigação, colocando-se em perigo. Porém, ela não está errada, apesar de ninguém acreditar nas teorias de Polastri. É assim que conheceremos Villanelle, rosto de garota boba, mas, na verdade, é uma assassina profissional. Em meio à investigação de Eve e aos assassinatos de Villanelle, veremos um jogo de gato e rato. Então, se você gosta de um bom drama de espionagem com personagens femininas determinadas, Killing Eve é a produção certa. Com 8 episódios, conheceremos esse jogo de gato e rato entre as protagonistas.
O primeiro ponto positivo da produção é o roteiro que, aparentemente, é totalmente desconexo, mas, ao longo da temporada, o espectador vai juntando as peças, assim como Eve Polastri, interpretada por Sandra Oh. No fim, você se percebe como um investigador também. E não pense que fará isso sem dar boas risadas, isso porque a série tem um humor negro muito característico em relação à psicopatia de Villanelle, interpretada por Jodie Comer. Afinal, a personagem não tem empatia com suas vítimas e será nestas cenas que você dará boas risadas. O tempo de tela entre as personagens também é algo que agrada. Juntas, elas roubam a atenção do público e protagonizam momentos excelentes. Ao término da temporada, percebemos uma linha tênue entre o objetivo de Eve (prender a Villanelle) e a admiração pela assassina, o que resulta numa leve tensão sexual entre elas.
Em relação aos personagens, não tem como iniciarmos sem falarmos de Villanelle, a grande antagonista da série. Ela é fria, calculista e, principalmente, confiante, bastante confiante. Ela não tem medo das consequências e quer que as pessoas – lê-se: Eve Polastri – percebam que o assassinato foi feito por ela, pois sempre deixa provas nas cenas dos crimes. Um detalhe importante acerca da personagem é a admiração em ver alguém perdendo a vida. A Eve é o contraponto da antagonista. Apesar de pensar somente na sua missão, a série também aborda sua vida pessoal, os dramas que envolvem seu casamento e como o marido lida com essa obsessão da investigadora pela serial killer.
No fim da temporada, o telespectador tem boas surpresas, o que garante um segundo ano para a trama. Inclusive, com a possibilidade de abordar essa obsessão de Eve por Villanelle de uma forma diferente do que foi apresentada na primeira temporada. Não podemos deixar de citar que a Jodie Comer ganhou o Emmy em 2019 por sua excelente atuação em Killing Eve. A pergunta que não quer calar: estão prontos para se apaixonar pela Villanelle também – assim como Eve Polastri?
Jadson Gomes
Universitário, revisor. E fotógrafo nas horas vagas.