Nota
Após derrotar os humanos opressores, Caesar (Roddy McDowall) precisa manter a paz entre homens e macacos, mas o general Aldo (Claude Akins) vê a situação de uma maneira diferente, o que provoca uma guerra civil entre os macacos. Paralelamente, alguns humanos sobreviventes descobrem como entrar na cidade dos macacos e elaboram um meio de retomar o controle do planeta.
Finalizando a franquia original da década de 70, temos o retorno do diretor Jack Lee Thompson com um roteiro dele e Paul Dehn em um orçamento para efeitos especiais que continua à mercê, onde dá para sentir uma certa preguiça da Fox em investir mais na conclusão final da franquia. Se passando doze anos após os eventos de A Conquista do Planeta dos Macacos, revisitamos Cesar, filho de Cornelius e Zira, agora o líder de uma aldeia de símios e humanos, mostrando que o resultado da revolta de A Conquista mudou os rumos da historia, alterando o fluxo do tempo, o que leva o filme, em certo momento, a discutir sobre as variaveis de uma viagem no tempo, e o quanto ums interferência hoje pode mudar a narrativa da história que ainda será escrita. Do relacionamento com Lisa, que teve início no filme anterior, Cesar teve um filho, Cornelius, seu primogênito, e, apesar do comando de Cesar, da para ver que existem dois grupos de ideias entre os macacos, o dos chimpanzés e orangotangos e o dos gorilas, este último sob comando do general Aldo, que, digamos, seria o exército de Cesar, uma provavel alusão ao presidencialismo e aos militares… Mas e se houver um golpe de estado?
O convívio entre humanos e macacos causa a revolta do general Aldo, e a amizade de Cesar com MacDonald, humano que foi crucial na revolta, só faz essa raiva aumentar, como se Cesar visse os humanos como mais importantes que os macacos. Quando Cesar descobre sobre as gravações perdidas de seus pais, saindo numa missão junto com MacDonald para encontra-las, dois problemas começam a florescer: o encontro com o governador Kolp, que vivem numa instalação subterrânea junto com outros humanos expostos à radiação, cheios de marcas em suas peles e fadados a morrer, e a revolta de Aldo com os humanos, começando sua tentativa de tomar o comando da aldeia no mesmo momento que o grupo de Kolp segue o grupo de Cesar até a aldeia em busca de exterminar os símios.
Com várias frentes e plot diferentes, Batalha do Planeta dos Macacos traz um final focado em refletir sobre as lições aprendidas, sobre ter nas suas mãos o poder de mudar o futuro, levando a uma obra que vai até os últimos detalhes na tentativa de amarrar todas as pontas de forma competente, dando uma boa conclusão a saga que poderia muito bem ter sido finalizada em seu terceiro ou quarto filme.
“Macaco não mata macaco”
Daniel Pereira
Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.