Crítica | Planeta dos Macacos: O Reinado (Kingdom of the Planet of the Apes)

Nota
5

300 anos após a conclusão da guerra pelo Planeta dos Macacos, muitas sociedades de macacos cresceram, após César levar seu povo a um oásis, enquanto os humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras. Apesar de ser responsável pela segurança da nova geração de primatas evoluídos, muitos não conhecem os feitos de César. E é neste novo cenário que um líder macaco começa a escravizar outros grupos para encontrar tecnologia humana, enquanto um jovem macaco, que viu seu clã ser capturado, embarca em uma viagem para encontrar a liberdade, sendo uma jovem humana a chave para todos.

Uma bela história original, seria uma ótima definição para o novo filme da franquia, que segue os eventos da trilogia assinada por Rick Jaffa e Amanda Silver. O Reinado traz a proposta de uma nova trilogia, sendo escrita pelos mesmos roteiristas da recente trilogia da Fox (atualmente 20th Century Studios) com a adição de Josh Friedman, e realmente manda muito bem em contar uma história cativante, que ao lado do diretor Wess Ball (Maze Runner), entrega uma interessante jornada do heroi, mesmo que Ball claramente não tenha o nivel de Matt Reeves. O longa começa com o funeral de Cesar, com Maurice ao seu lado, uma cena tocante que mostra o quanto Cesar será ecoado ao longo de todo o mundo, para só então vermos o tempo passar para um momento após várias gerações no futuro. Somos então apresentados ao nosso protagonista, o jovem Noa, um macaco que vive com seu clã, isolado de humanos ou outros grupos, saindo em uma caçada por ovos, algo que parece ser como um ritual dessa tribo, que em sua essência aparenta ser de cuidadores de pássaros, Águias para ser mais especifico, o que isto permeia a cultura do clã, cujos macacos até cantam pros pássaros. Toda essa jornada se desenrola nos apresentando a esse novo mundo até que o grupo encontra uma humana, algo que essa tribo de símios raramente tem contato, o que leva o pai de Noa a enviar um grupo para seguir o rastro dessa humana, o que os leva a um confronto com outra tribo que destroi a aldeia, mata uma parte dos membros e sequestra os que sobreviveram.

Na jornada de Noa para libertar seu povo, conhecemos Raffa, uma fonte ímpar de conhecimento trazendo bastante sobre a religião desse novo mundo, apresentando cultos, pregações e a forma como Cesar passou a visto praticamente como um Messias, sendo Raffa um dos seus seguidores do bem. Enquanto vemos Raffa passando seu conhecimento para Noa, somos apresentados a uma mensagem cheia de religiosidade, que levam até o encontro com a humana, que é apelidada como Nova e se revela ser inteligente, diferente dos humanos selvagens que habitavam nas florestas. Do outro lado da trama está Proximus Caesar, o líder do grupo de ‘macacos do mal’ que se considera o novo Cesar, impondo uma ditatura e supremacia sobre seu povo e em prol dos seus próprios interesses, criando um furação que conecta as histórias de Noa, Nova e Proximus.

Planeta dos Macacos: O Reinado é uma volta triunfal para a franquia, que continua a nos entregar excelentes filmes, o filme vale seu ingresso, admire e aproveite na melhor sala que puder. O longa tem uma fotografia que é uma maravilha, e mostra isso a todo momento, nas trilhas e descobertas dos personagens, entre lugares novos e paisagens misturando a natureza com o que foi construído pelos humanos, um enredo que mostra a busca por um amanhã melhor, pois o que é sobrevivência se não a necessidade e a coragem para fazer o ousado mesmo que custe sua vida? Ser mais que uma marionete que crê em uma mentira contada e se levantar e fazer sua historia.

 

Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.

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