Crítica | Kill: O Massacre no Trem (Kill)

Nota
2

Kill, longa do diretor Nikhil Nagesh Bhatt, tem sua história iniciada quando o comando do exército, Amrit (Lakshya), descobre que seu verdadeiro amor, Tulika (Tanya Maniktala), está noiva contra sua vontade. Ele parte em uma audaciosa jornada de trem com destino a Nova Delhi, determinado a impedir o casamento arranjado. Porém, a situação se complica quando uma gangue de ladrões, liderada pelo impiedoso Fani (Raghav Juyal), ameaça os passageiros com facas, transformando o trajeto em um emocionante e mortal confronto, onde Amrit desafia a morte para salvar aqueles ao seu redor, transformando o que deveria ser um trajeto típico, em um passeio emocionante e cheio de adrenalina.

Usando o arquétipo do herói malhado e sempre suado, além de sem camisa, o filme rapidamente nos apresenta sua ideia inicial, de um casal que não consegue ficar junto, então ambos tentam de formas diferentes uma maneira de partirem juntos. Amrit, nosso protagonista, está determinado, para isso embarca com seu irmão, também das forças especiais indianas, com objetivo de fugir com Tulika, uma bela moça indiana. O filme faz questão de mostrar que o pai de Tulika tem bastante dinheiro e influência. A intenção não é desenvolver o personagem com aprofundamento, mas investir em ação frenética, abordagem comumente usada pelos filme de Jonh Wick. Felizmente o filme é bem coreografado, porém o ritmo é aquém, seguido por cenas de ação maçantes. O filme leva as próprias cenas de ação a exaustação, misturado com um melodrama indiano nada empolgante.

A trama faz com que você apenas queira que o filme acabe rápido, pouco se importando se os personagens vão viver ou morrer. Algumas das lutas que Amrit enfrenta são extremamente cansativas e repetitivas, sendo que poderia ser resolvido de forma mais polida, é surreal que o protagonista passe quase uma hora de filme apenas dando socos, chutes, tapas, sem o uso de armas de fogo ou brancas, e simplesmente no desfecho, como se tivesse liberado um “nitro” que te da força e aceleração, ele decide partir para a matança e finalizar as lutas com rapidez, e o que pode deixar qualquer um chocado, ja que o filme tem o subtitulo Massacre no Trem, é que o tempo todo há policiais dentro dos vagões, o que, por mero capricho de conveniência de roteiro, é mostrado em dado momento.

Kill  acumula uma série de problemas, como a direção ruim, o elenco nada carismáticos e a montagem falha, não é um problema um filme de ação não ter desenvolvimento de personagem profundo, porque a proposta não é essa, e o melhor exemplo possível pra isso é a franquia Jonh Wick, que tem seus arquétipos e faz muito bem sua execução, ou até mesmo o recém lançado Fúria Primitiva, que soube explorar a cultura indiana com maestria e essência. Há algumas ideias interessantes colocadas em Massacre no Trem, como a história que se resume aos eventos dentro de um trem, e o objetivo de Amrit de proteger sua amada e dar fim à gangue de ladrões. Neste ponto, o filme mostra que até teve algumas ideias bacanas, mas o ritmo atrapalha toda essa construção.

 

Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *