Resenha | Clash: Quando Corações se Partem

Nota

“A vida não é perfeita, nós não somos perfeitos, não podemos esperar que o amor seja perfeito.”

Começou o primeiro ano de Universidade, enquanto Lucy está estudando ballet e ganhando muito destaque, Jude é o astro do time de futebol, atraindo atenções indesejadas, como a da líder de torcida Adriana, que visivelmente quer rouba-lo de Lucy e parece capaz de fazer tudo para atrapalhar o relacionamento dos dois.

Segundo livro da trilogia Crash, da autora Nicole Williams, Clash: Quando Corações se Partem traz enredo cheio de drama, brigas, reviravoltas, intrigas, ciúmes e muito romance. A saga conta a história de um casal com muitos problemas e que possuem todos os motivos do mundo para não estarem juntos, mas, embora as situações pareçam difíceis e sem solução, o amor dos dois sempre parece dar um jeito de uni-los. Apesar de curto, o livro conta o rumo da relação de Lucy e Jude, que passam por um período bem sofrido para tentar superar as dificuldades mais uma vez.

Os personagens podem até te fazer chorar às vezes, mas também irão te mostrar que tudo pode dar certo no final, só que para isso é necessário um reconhecimento próprio, de que é preciso amadurecer e estar bem com seu eu interior para poder estar bem com o outro. É interessante acompanhar este desenvolvimento deles, como a individualidade de cada um influi no processo de engrandecimento, reflete bem o que vivenciamos nessa fase tão conturbada que é a adolescência e o início da vida adulta, além de trazer um pouco daqueles clichês que confortam o coração e aquecem a alma.

Nicole William possui uma escrita focada no público infanto-juvenil, apresentando uma obra fluida, divertida, que cativa em todas as páginas os leitores românticos, sem apresentar nenhum tipo de complexidade. Sobre este quesito da complexidade, é algo que, de certa forma, acredito que possa ser melhorado e trabalhado, para assim dar mais profundidade à história e sair um pouco do óbvio clichê.

Escrito em primeira pessoa pelo ponto de vista de Lucy, Clash possui uma escrita simples e convidativa, abordando romances que são reais e tratando de assuntos do dia a dia pelos quais a maioria, pelo menos uma vez na vida, já passou. Outro ponto forte deste livro é a capa, pois ela consegue ser um resumo e reflexo da história, casando perfeitamente com os personagens. Para quem gostou do primeiro livro e para quem gosta de romance ou histórias de amor com seus altos e baixos, como aqueles filminhos de natal tipicamente clichês, fica a dica do livro que certamente não irá te decepcionar.