Crítica | A Origem dos Guardiões (Rise of the Guardians)

Nota
4

Quando o Homem da Lua avisa Papai Noel que o bicho-papão Breu está ameaçando crianças com seus pesadelos, Noel convoca o Coelhinho da Páscoa Coelhão, Sandman e a Fada do Dente para combater essa ameaça, mas acabam descobrindo que Jack Frost foi escolhido para se juntar a eles como um novo Guardião. Agora o grupo se une para ensinar a Jack a função de cada Guardião, além do motivo pelo qual eles são escolhidos como os Guardiões das crianças, ao mesmo tempo que tentam encontrar uma forma de frustrar o plano de Breu.

Produzido pela DreamWorks Animation e distribuído pela Paramount PicturesA Origem dos Guardiões conta a história dos Guardiões dos contos/crenças das crianças. Mesmo com a decepção comercial, o filme entrega uma história envolvente, nos levando, com Jack Frost, a conhecer toda a história de sua lenda, como também o motivo de ninguém conhecê-lo e de suas frustrações, revelando que ele é o Guardião responsável por fazer a neve cair, para que as crianças possam brincar e se divertir. Papai Noel se mostra como o Guardião que lidera o grupo, sendo o mais simpático, contrastando com as personalidades de Coelhão, o mais ranzinza, e as de Sandman e da Fada do Dente, mais conciliadores.

A trama logo revela que Breu, o bicho-papão, está roubando os sonhos de Sandman, transformando-os em pesadelos, cultivando o medo e progredindo no plano de fazer as crianças esquecerem todos os Guardiões. O design do longa é muito bem trabalhado, combinando as personalidades de cada Guardião com seu visual, escolha interessante que só não se repete com  o bicho-papão, que parece ter um visual questionável e não fica a par de todos os outros personagens, mesmo considerando que talvez a produção buscasse passar uma ideia de vilão mais maduro, poderia ter soluções melhores para o visual do personagem. Quanto ao roteiro, ele prende o espectador ao provocar a dúvida sobre o que vai acontecer com os guardiões e na busca por entender o propósito de Jack Frost. Peter Ramsey dirige a animação de forma a demonstrar alguns de seus experimentos em animação que mais para frente dariam grandes frutos no cenário, com fortes cenas de ação, ângulos diferentes, lutas aéreas, partículas e muita emoção dentro de tudo isso.

A Origem dos Guardiões, mesmo com problema nas bilheterias, nos traz uma história envolvente e que facilmente encanta todos os públicos. Como cada Guardião tem seu próposito, o grupo se surpreende ao colocar Jack frost como novo Guardião, visto que os outros Guardiões o julgam como um delinquente, dando o filme o espaço necessário para que Jack possa ir cativando coracao de cada um deles e o do público, agindo com coração e lutando com bravura. Como as crianças são o ponto principal para se manter os Guardiões vivos, é interessante mostrar a importância da crença das crianças nesses contos para que eles se mantenham vivos e fortes, assim como o laço poderoso que se forma entre Jack e o menino Jaime, se tornando uma ameaça para o Breu. A dublagem agrada, trazendo Thiago Fragoso como o Jack frost, Jorge Lucas como Breu e Alexandre Moreno como o Coelhao, além disso temos uma bela jornada do herói, com algumas decisões capazes de gerar um certo nível de surpresa.

 

Formado em cinema de animação, faço ilustrações, sou gamer, viciado em reality shows, cultura pop, séries e cinema, principalmente terror/horror

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