Review | Good Girls [Season 1]

Nota
5

Como toda a discussão acerca do Movimento Feminista sendo discutida por aí, como nunca foi pensando em um programa em que as protagonistas fossem não só fortes e destemidas, mas donas de casa e mãe de família? Good Girls chegou para mostrar que o lugar de mulher é onde ela quiser.

Criada por Jenna Bans, que trabalhou em Desperate Housewives, nesta série vamos conhecer 3 mulheres que enfrentam problemas em suas vidas. Frustradas com suas situações econômicas, elas decidem pôr um fim nisso: assaltar um supermercado. O lado bom dessa história é: o roubo ultrapassou as expectativas. O lado ruim: elas não imaginavam que haveria uma gangue envolvida com o supermercado e que o gerente descobriria tudo e tentaria assediá-las. Como se não bastasse, elas precisam resolver tudo isso e agir normalmente em casa, como se nada estivesse acontecendo. Será que ainda pode piorar?

Com um texto ágil, personagens bastantes (foca no bastante) carismáticas e uma boa crítica, Good Girls é um achado em meio a tantos programas mais ou menos disponibilizados pela Netflix. Só com a interpretação das protagonistas já merece prêmios. Isso porque a série nos entrega uma atuação poderosa da Christina Hendricks (como Beth), o humor nos momentos certos da Mae Whitman (como Annie) e o drama da Retta como plus. Além, é claro, de um roteiro redondo, com direito a vários plot twists dignos e um último episódio que deixa um gancho para uma próxima temporada, a qual já foi confirmada pela NBC.

E não é só no roteiro e na escolha dos atores que Good Girls acerta. Não podemos esquecer dos temas tratados nos 10 episódios de cerca de 60 minutos. Tem o marido infiel da Beth, interpretado por Mathew Lillard, o eterno Salsicha, de Scooby-doo; abordam o racismo, a disforia de gênero e o bullying praticado nas escolas, o machismo e discute de uma forma “leve e engraçada” o privilégio branco. E com todos esses assuntos em cena, ainda dá tempo de mostrar a realidade de muitas donas de casa que precisam se dividir entre o trabalho, as crises internas e o cuidado com a família, mostrando-nos o quanto essas mulheres são o elo entre todos os familiares.

Então, se você está procurando por uma comédia (que não ofende ninguém) com um drama bem desenvolvido e um texto ágil, definitivamente seu momento chegou. Se estava em busca de algo que lembrasse Desperate Housewives ou Oito Mulheres e um Segredo, talvez você tenha achado.

 

https://www.youtube.com/watch?v=8sMuyMMTws8

Universitário, revisor. E fotógrafo nas horas vagas.

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