Crítica | A Bela Adormecida (Sleeping Beauty)

Nota
4

Era uma vez, num país muito distante, um rei e sua amada rainha desejavam há anos ter uma criança, finalmente seu desejo foi atendido e uma linda menina nasceu, eles a chamaram de Aurora. Deram-lhe o nome da luz da manhã, pois ela veio iluminar a vida deles, para celebrar o acontecimento, o rei e a rainha deram uma grande festa, onde convidaram todos os seus súditos e as três boas fadas, de grande júbilo foi o dia, todo o reino celebrava, aproveitando a oportunidade, o Rei Humberto, amigo do pai de Aurora, veio fazer um acordo para o casamento da princesa com seu filho, Felipe.

Cada uma das fadas abençoou a criança com um dom, Flora deu beleza, Fauna deu o dom de cantar, Primavera foi interrompida pela chegada de Malévola, a fada das trevas que estava irritada por não ter sido convidada e amaldiçoa Aurora, antes do por do sol do aniversário de 16 anos da jovem, ela irá furar o dedo numa roca e morrerá, o rei entra em desespero mas as fadas o tranquilizam, Primavera ainda vai conceder o seu dom, infelizmente a maldição não pode ser desfeita, mas a vida de Aurora pode ser poupada, ela não morrerá, mas dormirá até que seja acordada por um beijo de amor verdadeiro.

O rei temeroso, manda queimar todas as rocas do Reino e para garantir que Malévola não ataque a princesa, as fadas, disfarçadas de camponesas, levam a criança para uma cabana na floresta, onde vão criá-la sem saber de nada.

Aurora, baseada na atriz Audrey Hepburn, trás tudo o que uma princesa poderia trazer, doce e delicada, não aceita o seu destino quando o descobre, Felipe é o primeiro príncipe a ter um nome, a ter uma personalidade marcante e a ter um papel relevante na trama, o jovem é atuante desde as primeiras cenas. Malévola é rancorosa, e só descansará quando obtiver o que deseja, foi tão icônica que quando se fala em vilão é impossível não lembrar dela. O alívio cômico muitas vezes fica por conta das desajeitadas fadas, cada uma com suas particularidades, incluindo gosto por determinadas cores.

A animação trás uma riqueza de detalhes surpreendente, com traços simples e delicados o longa se completa, a trilha sonora também não deixa a desejar, todas as canções são adaptações das obras de Tchaikovsky e foram tocadas pela orquestra de Berlim. O filme foi o último conto de fadas feito pelo próprio Walt Disney e foi a última animação totalmente pintada a mão do estúdio. Também concorreu ao Oscar de melhor trilha sonora em musical, infelizmente não ganhou.

A Bela Adormecida, um longa denso, com enredo profundo e muitas vezes desesperador, cheio personagens marcantes que conseguem manter a conexão com o espectador, fechando com chave de ouro a primeira era das princesas Disney e mostrando a beleza e o encanto que pode ser revelado, uma vez num sonho…

 

Graduado em Biológicas, antenado no mundo geek, talvez um pouco louco mas somos todos aqui!

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