Nota
“Esse meu jeito de viver. Ninguém nunca foi igual. A minha vida é fazer. O bem vencer o mal.”
Ash Ketchum acabou de completar 10 anos, o que significa que ele já pode se tornar um treinador de Pokémons, e depois de tanto tempo sonhando com esse dia, ele acaba se atrasando para ganhar seu primeiro Pokémon do Professor Oak (Professor Carvalho) e lhe sobra como única opção o pokemon mais sentimental e genioso do hall: o Pikachu.
O filme começa mostrando como a amizade entre Ash e Pikachu surgiu, narrando rapidamente os fatos de “Pokémon I Choose You!”, primeiro episodio da primeira temporada do anime, e fonte do nome do vigésimo longa da franquia dos pocket monsters. Porém o filme altera bastante a historia que já conhecemos, começo logo dizendo que não temos Misty e Brock, e vemos boa parte do caminho de Ash até Celadon em segundos, ao som da maravilhosa e nostálgica “Temos que Pegar”. Claro que não podemos deixar de citar que o filme trás um design de personagens bem diferente do clássico de 1997.
20 filmes e 20 anos se passaram, e com toda a certeza, recontar as origens com um novo olhar foi uma escolha estupenda, as alterações fazem com que o filme seja uma experiencia única, que ao mesmo tempo que conta uma historia que já conhecemos, traz um enredo diferente que não te deixa cair pra previsibilidade. E claro, um ponto que o filme trata é o de que estamos na sétima geração de Pokemons, então eles trazem varias aparições que não tínhamos da Liga Indigo, como Entei, Suicune, Raikou, Lucario, Piplup, Incineroar, Lycanroc, entre outros.
Claro, um novo visual, um novo hall de pokemons e personagens, logo o enredo também tem que mudar. O filme conta sobre a descoberta de Ash da lenda do Herói do Arco-Íris, uma pessoa escolhida pelo Ho-oh para encontra-lo e que recebe do lendário uma Pena Arco-íris, um artefato capaz de guiar qualquer pessoa até o pássaro lendário. O filme honra o legado da franquia e moderniza a história, substituindo os tracionais companheiros de viagem de Ash, temos Verity (Vera) e Sorrel (Sergio).
O filme segue contando uma historia totalmente inédita, mas com cenas colocadas em certos pontos para nos flechar com as referencias, ou passar um trator em nossos corações como na referencia a “Bye Bye, Butterfree”. Um dos grandes problemas do filme é que ele não pode ser tão demorado, já que precisa mostrar toda a história em 95 minutos, o que acaba prejudicando no quesito evolução, já que a maioria delas acabam acontecendo sem emoções e sem motivações muito solidas só pelo fato de serem necessárias para algum ponto a frente da trama.
Como já é padrão, todo filme da franquia Pokémon apresenta um novo Pokémon raro, e claro que Eu Escolho Você! não seria diferente, nele conhecemos Marshadow, um pokemon de tipo Lutador e Fantasma que tem como missão proteger a Rainbown Wing e o Herói do Arco-íris, mantendo sempre o escolhido com o coração puro e bondoso e dando pequenos empurrões para garantir que este irá conseguir encontrar o Ho-oh.
O filme dirigido por Kunihiko Yuyama é um tanto quanto revolucionário, ele leva a franquia a um novo rumo e traz um final espetacular, expandindo ainda mais a mitologia da saga e trazendo um das cenas que mais surpreendeu aos fãs da saga (Spoiler: O momento em que não só o Pikachu do Ash fala, como explica por que não entra numa pokébola). O longa passou em exibições especiais no Cinemark e foi exibido pelo Cartoon Network, e parece ser o pontapé inicial para uma nova fase de filmes sobre Pokemon, talvez rebootando um pouco da saga para acolher as 7 gerações juntas e também para acomodar os novos fãs, que com certeza terão preguiça de assistir 20 temporadas do anime para entender como tudo começou.
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.
