Crítica | Ana e Vitória

Nota
4

Na cidade do Rio de Janeiro, duas garotas decidem viver sonhos, se encontrar e se aventurar em meios de amores e emoções. Ana e Vitória estudaram juntas durante sua infância e se reencontraram numa festa onde passam por diversas confusões. Originalmente as duas são da cidade de Araguaína, no Tocantins, após uma apresentação informal numa festa Ana fica impressionada com a cantoria de Vitória em uma roda de violão, eis que então surge o convite de gravarem algo e publicarem o pequeno projeto na internet.

A Fama surge de forma rápida, trazendo-as de volta a cidade do Rio de Janeiro para realizar um show e a produção do primeiro álbum conhecido como “ANAVITÓRIA”. Ambas vivem grandes aventuras amorosas, porém Vitória é a que não quer se amarrar fácil nos relacionamentos, o contrario de Ana que ver que o amor é algo pra ser compartilhado com outra pessoa e que elas de fato foram prometidas a viver juntas sempre.

Atualmente muitos artistas estão transitando no mundo do cinema com atuação e outros projetos, com Ana e Vitória não seria diferente e viram a oportunidade como uma forma prática de promover seu novo trabalho e atuando no cinema. Em vários momentos o espectador é capaz de esquecer que está diante de uma cinebiografia, pois soa da forma mais suave possível.

Ana e Vitória entregam uma visão aberta de mundo, de como as pessoas lidam com estereótipos e como a geração se relaciona com a tecnologia atualmente. Com isso propõem uma experiencia extremamente atual relacionada ao que estamos vivenciando hoje com base nos relacionamentos e relações casuais.

A fotografia do longa se passa na cidade do Rio, os locais escolhidos para a filmagem retratam bastante o quão as meninas são intimistas, mostrando que de fato sempre houve intimidade entre ambas, comprovando que a parceria das artistas não fica só na cantoria e que existe uma grande amizade entre elas.

Como o longa serviu como uma biografia aberta ao público a dupla precisava de material musical para inserir na cinebiografia. O que deu início ao álbum “O tempo é agora” que envolveu o longa e o álbum em todo processo de criação e composição de novas músicas que de fato foram retratadas na vida das meninas, falar de amor e abrir suas emoções aos fãs e público em geral nem sempre é uma tarefa simples. Ana e Vitória foram completamente sinceras trazendo faixas como “Porque eu te amo” e “Cecilia” como principais destaques tanto na produção como inclusão na trilha sonora da cinebiografia da dupla.

Com tudo, pode-se ver o quão intimista e agradável é ver o Duo atuando, mostrando a sinceridade de suas vidas dentro dos bastidores, quebrar paradigmas com relação a vida amorosa e indecisões de suas vidas pessoais provando assim que somos iguais independente de classe social ou qualquer outra coisa envolvida. A naturalidade na atuação soa como algo positivo pois une o álbum e a cinebiografia da forma mais sincera possível, demonstrando também que o público jovem pode curtir a música popular brasileira.

 

Formado em Letras, atualmente cursando Pós-graduação em Literatura Infantil, Juvenil e Brasileira. Sentindo o melhor dos medos e vivendo a arte na intensidade máxima. Busco sentir histórias, memórias, escrever detalhes e me manter atento a cada cena no imaginário dos livros ou numa grande tela de cinema.

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