Crítica | Operação Big Hero (Big Hero 6)

Nota
5

Hiro Hanada é um gênio da robotica, aos 13 anos conseguiu seu diploma de conclusão do colegial e agora, aos 14, ele usa seu conhecimento em… Batalhas clandestinas no submundo de San Fransokyo. Sua falta de motivação e sua total indiferença levam um pouco de preocupação ao seu irmão mais velho, Tadashi, que tenta mostrar a Hiro que suas qualidades podem ser usadas em algo útil para variar.
Mas acontecimentos estranhos mudam dramaticamente os planos dos irmãos Hamada e deixam lesões profundas na vida de Hiro.

Nessa hora surge Baymax, um robô inflável que tem como objetivo cuidar tanto fisicamente quanto mentalmente das pessoas. Hiro agora precisa enfrentar um vilão mascarado, que roubou um de seus inventos, e achar um novo sentido na vida.

Dirigido por Chris Willian e Don Hall, Operação Big Hero é a primeira animação gerada na fusão Disney/Marvel. O longa de 110 minutos é foi inspirado na série de quadrinhos Big Hero 6 criados com base em ideias de Steven T. Seagle e Duncan Rouleau e contém aspectos das duas empresas.

Confesso que nunca tive contato com o universo de Big Hero antes desse filme, mas tive uma agradável surpresa. O filme me quebrou com o adorável curta que é exibido um pouco antes do seu início (O Banquete, que foi o ganhador do Oscar de Curta Animado de 2015), o filme em si é cheio de ação, aventura e comédia mas seu foco principal é a força dos laços de amizade e família. O filme também possui uma carga um pouco mais dramática, como vida e morte, luto e vingança.

Hiro anda nessa tênue linha que acompanha os heróis da Marvel e foi uma das coisas mais fascinantes que observei durante o filme. Seu crescimento com o decorrer da trama e sua luta para encontrar um sentido no meio dessa confusão são extraordinários. Os fios de suas ações e sua busca pela resolução do mistério da trama consomem boa parte do filme e o torna um personagem interessante. Boa parte do seu crescimento pessoal se deve a alma do filme, me desculpe aos outros, mas Baymax rouba a cena desde o primeiro momento. Baymax aparece em um momento crucial do filme e consegue conquistar a todos com seu carisma e gentileza. Ele consegue quebrar todas as ideias pre-concebidas que temos de robôs. Seu relacionamento com Hiro é algo cativante e sua busca pelo conhecimento da complexidade emocional humana torna-se algo hilário. Hiro não teria tal crescimento se Baymax não estivesse la, isso é fato.

O relacionamento de Hiro com os outros integrantes do Big Hero 6 me deixou um pouco confuso, pois não consegui notar a ligação emocional dos personagens com Hiro antes do incidente, o que o tornou um tanto repentino ao meu ver. O Girl Power também está presente, Go Go Tomage e Honey Lemon fazem um ótimo balanço de força e personalidade e torna-se ótimas e valorosas companheiras de equipe, o medroso Wasabi e o impagável Fred trazem a comédia a trama.

A cidade de San Fransokyo é um show a parte. A mescla bem construída da cidade californiana e a capital nipônica tornam-se deslumbrante aos espectadores. A paisagem, símbolos e culturas se misturam de um jeito harmonioso, quase palpável. O estilo narrativo me agradou bastante, assim como o visual do filme. Ah, e abram os olhos. Como todo bom filme Geek existem Easter Eggs escondidos pelo filme (Hans das ilhas do sul faz uma pequena aparição, e posso jurar que vi a Eva), e como todo bom filme Marvel Big Hero contém uma cena pós-créditos com uma pequena participação de Stan Lee, vale a pena esperar um pouco mais para ver.

O filme me deixou com uma agradável satisfação e louco para ler os hqs. A dublagem ficou fantástica, Robson Kumode fez um ótimo trabalho como Hiro e Mion me fez rir muito. Por fim, Operação Big Hero é uma agradável diversão para todas as idades (A trilha sonora é ótima). Extremamente agradável e cativante, capaz de Detonar até os corações mais Congelados.

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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