Crítica | 7 Desejos (Wish Upon)

Nota
2

Clare Shannon (Joey King) é uma garota de 17 anos que está tentando sobreviver a vida de estudante, até que seu pai encontra uma antiga caixa de música e lhe dá de presente. O problema é que essa caixa não é comum, ela pode lhe conceder 7 desejos e com eles ela pode ter a chance de conquistar tudo o que quer, mas cada desejo traz uma maldição.

A caixa tem varias inscrições em chinês e Clare acaba não lendo as instruções de inicio, o que a aprisiona num ciclo amaldiçoado onde os desejos podem prejudicar varias pessoas ao seu redor. Num resumo rápido das instruções: Cada desejo pede um sacrifício de sangue, então para cada desejo que Clare faz, uma pessoa próxima a ela precisa morrer.

Como se isso não bastasse, as coisas podem piorar, cada desejo é como se fosse uma droga, que Clare começa a se viciar e querer fazer cada vez mais desejos, o problema é que a consequência pode piorar ainda mais: Quando o sétimo desejo for feito, o sangue do mestre deve ser dado como sacrifício. O que a garota vai fazer agora? Lutar contra o vicio e resguardar seus entes ou ceder ao impulso e chegar cada vez mais perto da sua morte?

A protagonista do filme é uma pessoa extremamento desprovida de carisma e de emoção, vemos aos poucos que Joey King  não consegue fazer uma boa personagem, Clare não tem inteligencia suficiente para suspeitar que seus desejos estão causando as mortes, e logo depois ela mostra insensibilidade extrema tanto ao não se abalar com as mortes de seus conhecidos e logo depois estar desejando algo que vá melhorar sua vida, quanto a, depois de saber do preço dos desejos, colocar a vida das suas amigas em jogo ao continuar desejando coisas.

Mas da mesmo forma que a trama tenta se destacar como um belo suspensa ao incluir mortes e trilhas interessantes, ou ao deixar tensões fora de quadro, ela peca ao se tornar roboticamente previsível e ao ter mal proveito da trama mitológica chinesa (que, como sabemos, é uma ótima formula para os longas de terror oriental), o que torna tudo uma trama tediosa e cansativa. Aos poucos vemos que a caixa parece ter consciência própria, o que torna ela um vilão ótimo para o filme, punindo Clare a cada desejo, mas Clare não é a mocinha que faça jus a esse vilão, o que faz um desequilíbrio que dá a impressão de ver p uso de uma bazuca para matar uma formiga.

O longa é dirigido por John R. Leonetti, que já tem um bom currículo de terror ao lado de James Wan, e nos oferece um nível tão mínimo de realismo que acaba virando cômico em certas partes, com a artificialidade de algumas tramas mal explicadas e situações da narrativa que chegam a serem forçadas e beirarem o espalhafatoso. Como exemplo podemos citar o final do filme, que é de um ar extremamente cômico, previsível e exagerado.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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