Review | Steven Universe [Season 1]

Nota
5

Em Steven Universo, vamos conhecer o Steven, um garoto meio rechonchudo e com uma idade indefinida, mesmo que sua aparência seja de criança. Ele é um órfão híbrido, meio humano meio gems, uma raça alienígena desconhecida. Sob a guarda de 3 tias/irmãs/mães (Garnet, Ametista e Pérola), que são da raça alienígena a qual Steven faz parte e que possuem poderes, eles tentam salvar o mundo de criaturas desconhecidas.

Criado por Rebeca Suggar, que já é bastante conhecida pelos fãs de Adventure Time, Steven Universo é um show de representatividade e episódios cheios de boas mensagens para os telespectadores. Nesta primeira temporada, bastante introdutória por sinal – e isso é bastante compreensível –, teremos pistas do que poderá estar por trás das cores e formas da animação. Nos 55 episódios da 1ª temporada, veremos como todos os personagens resolvem seus problemas ou salvam o mundo usando o conceito de palavras bastantes subjetivas, como, por exemplo, amizade, amor, empatia e união.

As lições em cada episódio, sem dúvidas, acertam ao chegar no público-alvo da produção, e, se formos olhar por uma perspectiva mais adulta, percebemos que há muito mais por trás do que está sendo mostrado. O mais interessante é que mesmo a história central gire em torno de personagens com poderes especiais, isso, por ora, não importa tanto.  E fica claro que o foco na temporada é em estabelecer uma relação entre nós e os personagens.

Se a animação acerta em trabalhar questão tão subjetivas, imagina em relação aos personagens e a ambientação… Toda a história se passa na cidade litorânea de Beach City, dando um aspecto de férias à animação, além de abusar das cores. Lá, vive Steve, o protagonista da série. Logo de imediato, a única preocupação do garoto é os biscoitos de sorvete favoritos que vão sair de linha de produção, até que percebemos que ele possui poderes mágicos desconhecidos. São nesses momentos  que perceberemos que ele está descobrindo seus poderes, aprendendo a usar o seu cristal e resolvendo seus problemas de forma bastante educativa.

Além do Steve, há as gems, cada uma com uma personalidade bem distinta e marcante. A Garnet é a gem que deixa o Steve crescer, é centrada e sensata. A Pérola poderia ser um pouco parecida com a Garnet, o problema é que, se depender dela, o Steve vive numa bolha. Ela é perfeccionista e sabichona. Enquanto a Ametista é a gem que aprende junto com o Steve, zoa e faz brincadeira o tempo inteiro, mas é fiel às amigas e sempre está pronta para defender o garoto. E não podemos esquecer do Sr. Universo, o pai do Steve e ex-astro do pop, e a Connie, a melhor amiga e interesse romântico do garoto. Todos esses personagens têm algo único e particular que os tornam inesquecíveis. 

A animação criada por Suggar sai de todo o esteriótipo que encontramos numa animação infantil. Aqui, não há garota frágil que está a espera do seu príncipe encantado. Assim como há uma família, mesmo que não seja composta por pai, mãe e irmãos. E, para melhorar, tem representatividade de sobra: desde criança negra até questões feministas, que são abordadas muito superficialmente, mas que deixam pistas de que vai melhorar e mostrar para a indústria como se faz animação para todos os públicos. A única certeza para as próximas temporadas de Steven Universo é: é daqui para melhor.

Universitário, revisor. E fotógrafo nas horas vagas.

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