Crítica | Era Uma Vez um Deadpool (Once Upon a Deadpool)

Nota
2

Deadpool 2 foi um sucesso sem dúvidas. Por isso, meses após o lançamento do longa, temos o retorno do Mercenário Tagarela aos cinemas em uma versão PG-13, em uma tentativa clara de testar como seria um filme do Mercenário aos moldes Disney.

Era Uma Vez um Deadpool (Once Upon a Deadpool) é um filme requentado sem as melhores partes do original, tendo que se conter no que seria o brilho nos olhos e o diferencial das outras obras de herói que chegam aos cinemas ano após ano: violência generalizada e nenhum senso do politicamente correto.

Para quem viu o filme original, é gritante a falta que as determinas cenas fazem, como, por exemplo, a belíssima cena de abertura com a música Ashes, cantada por Celine Dion, que foi retirada da nova versão sem razão nenhuma aparente. Ponto positivo porém para a excelente desculpa utilizada pelo personagem para as censuras nos palavrões.

A história segue a linha do clássico A Princesa Prometida, com Deadpool no papel do avô contando os acontecimentos do filme para um Fred Savage, conhecido por seu papel em Anos Incríveis, que “reprisa” forçadamente seu papel como o neto no filme clássico. Essa pode ser considerada a melhor coisa desta versão do filme, a química entre Wade Wilson/Ryan Reynolds e Fred Savage é inegável, com os dois extremamente confortáveis em seus personagens e com clara liberdade, pena que subitamente as cenas que entrecortam o filme param de acontecer, deixando-nos com a sensação de que “aqui poderia ter algo”.

É importante deixar claro que o filme não se vende como um filme novo, mas, sim, como uma versão realmente para toda a família, bem aos moldes Disney, sendo até motivo de piada durante o longa. Porém, para alguns pode não passar de uma caça-níqueis deslavada em vez de uma possível preparação para o UCM.

Agora, a melhor parte do filme mesmo fica por conta de um tributo em homenagem ao Stan Lee. De forma curta, o vídeo consegue nos tocar profundamente, de forma simples porém extremamente profunda.

Pernambucano, jogador de RPG, pesquisador nas áreas de gênero, diversidade e bioética, comentarista no X, fã incontestável de Junji Ito e Naoki Urasawa. Ah, também sou advogado e me arrisco como crítico nas horas vagas.

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