Crítica | Cadáver (The Possession of Hannah Grace)

Nota
2

Cadáver é aquele terror que começa entre altos, mas terminar nos baixos…

Atualmente, sabemos que o cenário para os filmes de gênero do terror estão deixando muito a desejar, principalmente para aqueles telespectadores assíduos que acompanham diversas sagas. Às vezes vai desde a falta de divulgação ou de um bom orçamento até um roteiro escrito ruim ou uma falha por parte da produção, e isso acaba entregando o que estamos acostumados a ver em várias produções: o tradicional clichê. Esse é o principal motivo pelo qual um filme é massacrado sem piedade pela crítica.

Já no caso de Cadáver (The Possession of Hannah Grace), o longa possuía de início um enredo para se destacar entre os filmes de terror de 2018, relatando a morte da jovem Hannah Grace durante uma sessão de exorcismo. A partir daí a trama começa a ficar interessante, pois os acontecimentos paranormais começam a surgir quando o corpo é despachado para autopsia no necrotério, como pode ser visto nas curtas cenas do teaser do filme. Porém, você já começa a observar o clichê se iniciando por ser algo que só a protagonista vê de início. Desde a cena principal do exorcismo podemos observar a atmosfera bem pesada, que é algo de lei que todo filme desse tipo é obrigado a entregar. Os cartazes feitos por parte da produção do marketing e do merchandising ficaram impecáveis chamando atenção até pela frase trazida consigo que dizia: a morte é só começo.

Já a ambientação do cenário trouxe aquele pequeno ar obscuro que estávamos à espera, com pouca luz que geralmente é mostrado em lugares dos mesmos segmentos (hospitais, manicômios, asilos) e mesclou bem com a sonoridade apresentada, arrancando pequenos sustos inesperados, por se tratar de algo misto entre um pequeno terror com grande toque de suspense que talvez venha a deixar você apreensivo, principalmente se não estiver ligado aos pequenos detalhes que geralmente acontecem nesse tipo de gênero.

Um dos destaques em relação ao elenco é a atuação morna, de forma que dá a impressão  de que “você já viu esses tipos de encenações em outros filmes”. A atriz Shay Mitchell, da série Pretty Little Liars, tentou segurar toda tensão da trama no papel de uma policial traumatizada psicologicamente e responsável pela vigilância interna do necrotério. A policial foi acusada de ter alucinações causadas pelo cansado da rotina profissional. Funcionou no primeiro momento, mas estava o enredo do filme na metade para o final deixa bastante a desejar, principalmente pela forma que é explorada os dons sobrenaturais da jovem na forma de um cadáver.

E talvez passando para os aficionados em filmes de terror a sensação ou impressão de algo clichê ou um mix de cenas que talvez você possa ter lembrado vagamente de algum filme sobre possessão e/ou exorcismo, até porque se for pesquisar irá encontrar um vasto leque de opções de filmes tratando sobre essa mesma temática e só modificando os personagens e seus nomes. Talvez, se fossem explorar mais o enredo de Cadáver a ponto de trabalhar um pouco mais também na produção, a história e o filme em si poderia resultar em algo mais atrativo ou que nos prendesse na cadeira do cinema com os olhos fixados no telão por mais de uma hora. Então, se você for assistir a esse filme, tenha logo em mente que sairá do cinema com a sensação de ter visto algo morno ou que não atendeu aos seus critérios.

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