Crítica | High School Musical 3: Ano da Formatura (High School Musical 3: Senior Year)

Nota
4

Take my hand, Take a breath
Pull me close and take one step
Keep your eyes locked on mine
And let the music be your guide…”

Dezesseis minutos. Esse é o tempo exato para que os Wildcats virem o placar do jogo mais importante de suas vidas. Sofrendo a pressão de ser o capitão do time, Troy Bolton (Zac Efron) precisa organizar sua mente e arranjar um jeito de trazer a vitória ao seu colégio. Após os minutos mais perturbadores e intensos que já passaram, os Widcats saem para comemorar sua tão desejada conquista.

Enquanto refletem sobre seu último ano no East High, Troy e Gabriella (Vanessa Hudgens) percebem as dificuldades que se aproximam e os desafios que ambos enfrentaram com o fim do colegial. Em meio ao baile, formatura e as últimas provas, o casal tenta lidar com seus futuros pré-definidos pelos seus orgulhosos pais e a distância desses futuros significam para ambos.

Vendo uma última oportunidade para unir toda a turma, Kelsi (Olesya Rulin) inscreve a todos no último musical de primavera antes do encerramento das aulas. Apoiada por Gabriella e (um relutante) Troy, a compositora consegue convencer os Wildcats a participarem uma última vez do grande espetáculo. Enquanto preparam a peça, intitulada Ano da Formatura, o grupo aprende a lidar com seus problemas e escolhas, tomar o futuro nas mãos e avaliar o que é realmente é importante. Afinal, nada dura pra sempre. E dizer adeus nunca é fácil, principalmente quando tudo o que você conhece está prestes a tomar um rumo inesperado que pode virar seu mundo de cabeça para baixo…

Depois de uma explosão colossal e um crescimento grandioso,  High School Musical consegue libertar suas amarras televisivas e ganhar a telona, nada mais justo para uma finalização de uma das mais amadas trilogias adolescentes dos anos 2000. High School Musical 3: Ano da Formatura atinge um patamar novo e melhorado, extrapolando tudo o que foi construído até aqui. Os cenários estão maiores, as cenas musicais ainda melhores e a produção ainda mais magnífica.

A obra eloquente de Kenny Ortega ganha um novo ritmo, muito mais intenso, sem sair de sua origem, que conquistou milhares de fãs. As coreografias bem trabalhadas e os cortes mais que elegantes mostram o poder que o diretor exerce e a mágica de um bom orçamento. Kenny ousa com ângulos pitorescos e nos introduz ainda mais a seu mundo colegial. Tudo está melhor e maior, mas o filme ainda apresenta alguns problemas.

Se o segundo filme trouxe um novo frescor a trama, o terceiro e derradeiro foca em despertar nossa nostalgia e juntar peças dos dois longas anteriores. Seja por um leve toque fabuloso na entrada de Sharpay (Ashley Tisdale), ou certos dilemas e resoluções já executados, o longa dá aquela pequena sensação de Dejá Vu. Não me entenda mal, isso não compromete em nada o longa, mas poderia ser melhor explorado.

Além de querer introduzir novos personagens caricatos e com as personalidades rasas de nossos protagonistas para dar aquela velha sensação de “passar o bastão” e continuidade de um legado. Por muitas vezes resultando em algo irritante e bastante inconveniente. Como no caso de Foguete (Matt Prokop), que deseja mais do que tudo se tornar o novo Troy e ser um astro do basquete, mas só consegue causar desconforto a quem assiste, ou a “inglesa” Tiara (Jena McKenzie-Brown), que entra como assistente da loirinha mais amada do longa, mas que, na verdade, parece uma cópia fajuta e sem sal da protagonista. E, garota, sério que você vai tentar entrar no caminho da Sharpay? Sério?

Mas se o filme peca no seu novo elenco, ele acerta em cheio no antigo. Troy revive seus dilemas e tenta encarar o caminho que deve seguir, enquanto uma pressão toma conta do seu ser, resultando numa das melhores cenas do seu personagem. Ele esta confuso e perdido e todo mundo parece escolher qual caminho ele deve seguir enquanto seu coração grita por algo totalmente diferente. Nunca fui muito fã do protagonista, mas ele merece uma salva de palmas pelo seu desempenho e desenvolvimento na trama. Gabriella, interpretada por Vanessa Hugdes, continua sendo a bússola moral do longa e não tem um grande desenvolvimento, assim como Taylor (Monique Coleman), que se limita a ser a melhor amiga da protagonista. Já o Chad (Colbie Bleu) apresenta um crescimento constante e mostra sua dualidade ao se sentir abandonado pelo amigo, mas mesmo assim querendo o melhor para ele. Além de protagonizar uma das cenas mais fofas com sua versão criança, mostrando tudo o que passaram juntos.

Sharpay vê sua oportunidade ruir diante dos seus olhos e tenta trazer seu irmão Ryan (Lucas Grabeel) de volta a seu time, mostrando-o tudo o que eles podem conseguir juntos. Lucas mostra um Ryan mais maduro e determinado, dando um final magnifico a seu personagem que passou boa parte da trilogia a sombra gigantesca da irmã. Já Ashley apresenta uma magnífica desenvoltura em sua personagem. O espectador não consegue desgrudar os olhos nos momentos em que ela aparece, acompanhando sua determinação e sua fraqueza quando tudo parece dar errado. É impossível não torcer pela menina mimada que tanto amamos e vibrar quando ela decide da o troco (em grande estilo, claro), lembrando-nos quem realmente manda ali.

Os personagens secundários conseguem sua real importância no longa. Seja por uma hábil dançarina na posição principal nas lideres de torcida ou por um cozinheiro divertido encantado com sua musa inspiradora, todos parecem encontrar seu caminho. Mas os dois grandes destaque ficam na mais de Kelsi, interpretada por Olesya Rulin, e Sra. Darbus (Alysson Reed). Kelsi passou por um real crescimento durante a trilogia, saindo a tímida compositora para alguém forte e companheira, sempre disposta a ajudar os amigos. Já a Sra. Darbus se mostra muito mais presente e sábia neste longa, cuidando e protegendo seus alunos e nos fazendo criar uma empatia forte com seu carinho. É engraçado como achamos conhecer alguém e essa pessoa se mostra totalmente diferente.

No quesito musical, o filme mostra a que veio com a urgente Now or Never, despertando-nos logo nos primeiros minutos da trama e colocando nosso coração na garganta. Passamos pela espetacular I Want it All, que nos mostra todas as facetas que Sharpay e Ryan podem passar ao encarar o estrelato, mostrando bem o sonho bem coreografados dos dois. Chegamos a emocionante Can I Have This Dance? Com um dos momentos de mais química entre os protagonistas e pela teatral A Night To Remember, que mostra as preocupações e preparação para uma noite que vai ficar para a história. Relembramos nossa infância em The Boys Are Back e ficamos maravilhados com a profunda Scream, mostrando que Ortega não está para brincadeiras.

High School Musical 3: Ano da Formatura aposta em nossa nostalgia e mexe com nosso emocional. Embora esteja longe de ser o melhor filme da trilogia, ele cumpre bem o seu papel e nos entrega um final emocionante e mais do que digno para uma das sagas que conquistou os nossos corações de forma tão avassaladora. E, por mais triste que seja, é bom lembrar de manter a cabeça no jogo e que uma vez Wildcats, sempre Wildcats….

“This is the last time to get it right
This is the last chance to make it or not
We got to show what we’re all about (team, wildcats)
Work together (go)
This is the last chance to make our mark (shoot)
History will know who we are
This is the last game so make it count it’s
Now or never”

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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