Nota
Quem diria que uma casa com um histórico bem conturbador, macabro, cheia de acontecimentos brutais, ao redor dos moradores que a habitavam podia chamar tanta atenção, de uma forma impactante? Pois a produção de terror do aclamado Ryan Murphy deu tão certo que passou a ser uma das séries mais famosas dentro do gênero de terror/suspense, assim rendendo uma das melhores audiências para o canal FX.
No inicio da trama por volta do século 19, à família Harmon constituída por: Ben (Dylan McDermott), Vivien (Connie Britton) e Violet (Taissa Farmiga), chegam a sua nova moradia em meio a um desequilíbrio causado por envolvimento extraconjugal do Ben com suas alunas e após a Vivien sofrer um aborto, e sem ter a menor noção do histórico por trás daquela casa (Murder House), ou como é conhecido pela população “A Casa dos Assassinatos”, o que ela esconde, e o que os aguardariam lá. No decorrer da temporada é explicado a forma que essa residência atemporal ganhou esse nome, por ocorrer diversas mortes das formas mais violentas possíveis.
ou seja, quem morrer dentro dela tem sua alma aprisionada naquele ambiente. Mas, antes do inicio das aparições de personagens recorrentes, tentando alertar sobre os segredos que a casa aguarda, vemos a neta de Constance Langdon (Jessica Lange), Adelaide ou Addie Langdon (Jamie Brewer), na tentativa de informar sobre o perigo que os novos moradores correm. Enquanto a empregada Moira (interpretada por Alexandra Breckenridge e por Frances Conroy) confinada a trabalhar para os moradores daquela residência após ser morta, assim vagando pelos cômodos da casa em sua forma atual de uma já idosa, porém só o Ben consegue vê-la na sua aparência jovem.
Logo a família começa a se deparar com uma vizinhança estranhamente misteriosa, principalmente após o Ben iniciar o atendimento de terapia psiquiátrica domiciliar, e é assim que ele acaba conhecendo Tate Langdon (Evan Peters), o outro neto de Constance, que o medico acredita sofrer de influencias homicidas. E ao conhecer a Violet inicia-se um romance complicado, se baseando na teoria de protege-lá e retirar de sua cabeça as tendências suicidas, deixando os dois entre uma situação delicada. Os Harmon foram acolhidos de uma forma inesperadamente rápida, que nem tiveram tempo de perceber que estavam sendo testados pela casa, e pela energia vital de quem havia ambientado por ali há um tempo.
A casa foi construída com um exterior obscuro, que acompanha torres altas e janelas no estilo rosário, e traz um interior com varias atmosferas, fazendo jus aos flashbacks atemporais que aparecem ao decorrer da temporada e ajudam a trazer aquele clima de “alguém já esteve por aqui.” Não podemos negar que, como uma primeira temporada, Murder House sofreu um risco enorme de ser uma premissa não muito bem sucedida, ao tentar retratar muito de uma realidade um tanto retorcida e mexer com um retorno temporal histórico. Mas, mesmo correndo o risco, a temporada deu a American Horror Story o destaque necessário para fazer parte de uma referencia no gênero de terror/suspense, assim abrindo novos caminhos para que outros enredos sejam explorados em outros ambientes e épocas.
Terminando com um elenco altamente sincronizado, interligado de uma forma surreal, sobrenaturalmente falando, podemos destacar as atuações marcantes de Frances Conroy, Taissa Farmiga, Evan Peters e Jessica Lange que abrilhantou bastante essa temporada, se tornando visados para as próximas temporadas ou outros projetos fora da trama.