Nota
“Quem conseguir tirar a espada dessa pedra será coroado o legítimo Rei da Inglaterra.”
Depois da morte do seu antigo Rei, a antiga Inglaterra entrou um colapso por não ter um herdeiro ao trono. Um povo sem Rei perde sua lei e sucumbe a inúmeras guerras e confrontos, trazendo ruína e amargura ao seu povo. Mas eis que magicamente uma misteriosa espada aparece fincada na praça central, informando que aquele que conseguir retirá-la da pedra que se encontra será coroado o legítimo Rei da Inglaterra.
Embora muitos tenham tentado, ninguém conseguiu remover a espada e, com o passar do tempo, ela foi esquecida e a história se tornou uma lenda. Anos depois, o jovem Arthur tem o sonho de se tornar escudeiro e, para isso, tem de servir e obedecer seu pai adotivo enquanto lava pratos e limpa a cozinha. Porém, ele vê sua rotina interrompida ao se deparar com um estranho velho que se autoproclama Merlin, o maior mago de todos os tempos. Merlin prevê grandes feitos para o jovem Wart (como Arthur é chamado em sua casa), embora não saiba bem que feitos são esses.
Determinado a dar uma boa educação ao jovem, o mago junta suas coisas e se muda para o decrépito castelo onde Arthur vive. Lá, em meio a suas obrigações, o jovem recebe lições mágicas sobre o funcionamento do universo e descobertas dos séculos que estão por vir. É então que uma notícia abala todo o castelo: um torneio será realizado no dia do ano novo, em Londres, e o prêmio para o ganhador é a coroa real. Algo tão magnífico que não podemos nem imaginar e que está prestes a mudar para sempre o destino de Arthur.
Baseado na saga literária de T.H. White, A Espada era a Lei reconta a juventude do lendário Rei Arthur e os infortúnios que precederam sua realeza e toda magnitude de seu poderoso reinado. Com um charme inquestionável, o filme marca o 18° longa animado do Walt Disney Pictures. E, mesmo com toda seu peso, consegue passar despercebido em meio a seus irmãos.
O início do filme consegue trazer um conceito épico e fantástico, que tem uma relação clara com a história da Inglaterra, que estava sem rei. A produção nos dá a impressão de uma clássica abertura de um livro de histórias, com um narrador que vai apresentando os acontecimentos passados e nos imergindo nesse mundo. Mas, o conto épico logo é abandonado para mostrar algo mais comum, embora não menos mágico.
O filme nos apresenta um garoto franzino e sonhador que está longe de ser o herói lendário que tanto ouvimos falar. Arthur (Rickie Sorensen) se vê deslumbrado com todo o novo conhecimento e ensinamentos que Merlin tem a lhe passar, analisando dificuldades tanto em terra quanto na água ou no ar, e sendo forçado a utilizar sua cabeça para se livrar das piores enrascadas. O jovem começa a questionar seu pai quando percebe que ele teme e implica com o que lhe é diferente, sem nunca perder sua humildade e bondade no processo de evolução.
Esqueça completamente o velho sábio que auxiliava Arthur em suas lendas, o Merlin (Karl Swenson) é confuso e atrapalhado. Longe de ser o professor exemplar, o mago confunde mais do que ensina. Junto com Arquimedes (Junius Matthews), sua ranzinza coruja, o feiticeiro rouba a cena e traz alguns dos melhores alívios cômicos do longa. Os personagens são carismáticos e envolventes; embora um pouco patetas, eles conseguem conquista nosso coração.
Mas quem verdadeiramente consegue construir muito com pouco é a Madame Min (Martha Wentworth). A bruxa sente o prazer em simplesmente ser má e está feliz com esse simples objetivo. A personagem participa de uma das cenas mais emblemáticas do longa, em uma divertida batalha de magos, e ganhou tanto respeito que atravessou as telas e se juntou aos quadrinhos da Disney, como uma das terríveis vilãs de Patopolis e ganhando até mesmo um Almanaque com seu nome.
Embora tenha uma graça e uma beleza presentes, A Espada era a Lei consegue ser facilmente esquecível em meio a tantas obras poderosas do estúdio, o que se mostra uma pena. Por trazer um sentimento tão nobre e um ensinamento tão preciso para os dias atuais, onde a força bruta não seja o único caminho, mas nos fazendo refletir que um coração forte e uma mente afiada podem realizar o mais difíceis dos trabalhos como tirar uma espada encantada fincada em uma pedra esquecida.
“Pra cada bem, existe o mal
Pro que é doce, tem o sal
E isso faz o mundo andar!”
Phael Pablo
Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...