Review | She-Ra e as Princesas do Poder [Season 1]

Nota
4.5

“O equilíbrio precisa ser restabelecido,
Etéria precisa de um herói…”

Adora sempre foi uma das guerreiras mais fieis da Horda, e, depois de muito esforço, ela finalmente se tornou uma comandante. Os problemas para a garota surgem quando, ao sair para comemorar, Adora encontra uma espada no meio da Floresta dos Sussurros e acaba descobrindo que ela está destinada a ser She-Ra, uma guerreira lendária extremamente poderosa destinada a proteger os rebeldes de Hordak. Mas como vai ser para Adora ter que proteger seus inimigos e lutar contra seu chefe e seus amigos?

She-Ra e as Princesas do Poder é uma animação desenvolvida por Noelle Stevenson e produzida pela DreamWorks Animation Television que foi lançada em 13 de novembro de 2018 pela Netflix. A série possui uma primeira temporada com 13 episódios, onde temos um remake da série animada de 1985, She-Ra: A Princesa do Poder, focada na adolescente convocando as forças mágicas de Grayskull para lutar ao lado de outras princesas mágicas e assumindo o posto de Princesa do Poder.

Assim como no original, temos Sombria como principal vilã da temporada. Mesmo que as duas séries tenha uma trama inicial totalmente diferentes, elas seguem bebendo da mesma premissa. Focando no poder feminino, a trama gira em torno principalmente de Sombria tentando levar Adora de volta ao lado negro, a princesa Cintilante buscando unir um exército de princesas mágicas para lutar contra a horda e ainda o embate mental de Felina e Adora, onde vemos duas ex-melhores amigas lutando para convencer uma a outra qual o melhor lado para estar.

É interessante ver que a temporada, apesar de ser um remake da história spin-off de He-Man, hora nenhuma cita Adam, He-Man, Esqueleto ou a mundo de Eternia, fatores que são essenciais para a construção da personagem na série original e inexistem nesta série, fazendo com que She-Ra deixe de existir em função de He-Man, deixando que Adora não seja apenas “a irmã da He-Man” e a tornando uma heroína poderosa, empoderada e autônoma.

A graça do seriado é ver Adora aprendendo como funciona a vida no mundo das princesas, entendendo o que é cada um dos itens e modos que são apresentados por seus amigos, Cintilante e Arqueiro, e começando a entender o que é ser amada de verdade, em vez de simplesmente ser criada para ser uma opressora imparável. A She-Ra é vista apenas como uma arma pela população, aos poucos vamos entendendo o quanto ela pode ser motivadora e salvar todos os reinos em que pisa, mudando os conceitos e inspirando os rebeldes a se virar contra a horda.

O estilo de desenho escolhido para o seriado incomoda de início, principalmente quando enxergamos o quanto a She-Ra parece uma versão caricata da original, mas, enquanto vamos assistindo, vemos que dá para se acostumar com essa versão mais colorida e viva de She-Ra, aos poucos vamos aceitando esse visual alternativo e o fato de a trama ser tão diferente do original pouco a pouco nos faz começar a ver este como um novo programa.

No time dos coadjuvantes da trama é possível ver as fortes personalidades das princesas e agregados. Perfuma é a princesa pacífica de Plumeria, que possui poderes de controle sobre plantas e flores e acaba se submetendo a horda por se negar a lutar, mas tudo muda de figura quando uma certa lenda a mostra que a revolta é necessária para sobreviver; já Entrapta é a princesa nerd de Dryl (baseada numa vilã da série original), com seu poder de manipular seus cabelos, ela é uma inteligentíssima inventora e mecânica, mas acaba sendo muito curiosa e se distraindo muito fácil; Serena é  a princesa inexpressiva de Salineas que, apesar da sua hidrocinese e seu poder de virar sereia, não usa muito suas habilidades, pois vive o dia todo de saco cheio da sua rotina; Falcão do Mar é só um navegador apaixonado por Serena, mas que subjuga a todos, vive galanteando as pessoas e enchendo o saco de todos.

Com o tempo podemos finalmente dividir as águas. Apesar de ter a mesma premissa, o mesmo cenário e os mesmos personagens, é cada vez mais claro que a She-Ra, da Netflix, não é a mesma da Filmation, essa animação não só traz um visual que se encaixa melhor nos novos tempos, como adapta sua trama para mostrar a força feminina a essa nova geração, trazendo princesas que largam seus castelos e saem em batalhas para salvar o seu planeta, usando seus poderes para derrotar o tirano Hordak e sua opressora liderança. Tudo isso melhora ainda mais quando consideramos toda a mitologia em volta das Pedras Rúnicas e da tecnologia dos Primeiros.

“Pela honra de Grayskull!”

https://www.youtube.com/watch?v=_LDR37IWMWs

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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