Review | She-Ra e as Princesas do Poder [Season 2]

Nota
3

Depois que Adora finalmente se consolidou como She-Ra e reuniu as princesas para uma aliança chegou o momento da rebelião começar a se defender da Horda de Hordak

, mas é nesse momento que o passado de várias pessoas pode interferir no futuro de muitos.

Depois de uma primeira parte intensa e cheia de surpresas, She-Ra e as Princesas do Poder parece chegar numa segunda parte fria e sem muito para nos conquistar. A nova temporada foi lançada pela Netflix em 26 de abril com míseros sete episódios, que se tornam insuficiente para construir uma trama válida.

Na temporada, vemos muito do passado de Sombria, quando era chamada de Luminosa e era a ídolo de Micah, pai de Cintilante. Temos ainda o peso dos atos de Mara, a última She-Ra, que precisam ser corrigidos por Adora  e, principalmente, fazem com que Esperança da Luz acabe sendo rígida com a nova heroína. E, por fim, temos um pouco do passado de Arqueiro, onde descobrimos muita coisa sobre suas origens, seus potenciais e seus segredos.

É com essa pegada que a nova temporada parece começar a explorar mais dos bastidores da guerra, tendo menos embates e mais tramas paralelas, vemos a Entrapta sendo “inocentemente” guiada para o lado mal da guerra, tornando-se uma vilã, que é o posto que lhe pertence na animação original. E falando em animação original, temos Roll With It (2×04), que traz uma forte construção envolvendo D&D e RPG, com direito a uma versão dos personagens conforme cada um deles enxerga, e a visão do Arqueiro é a melhor, com uma maravilhosa referência às roupas da animação original.

Porém, além da velocidade da trama, que faz com que as tramas relevantes aconteçam em poucos episódios (três para ser exato), fazendo com que a temporada acabe de forma abrupta e sem explicação, temos ainda o grande problema na dublagem, já que nomes de personagens acabam oscilando entre as falas, como aconteceu com a ex-melhor amiga de Adora ser chamada de Felina e em outras de Catra, os nomes em português e em inglês da personagem.

Devo salientar também que a temporada acaba ganhando pontos ao trazer uma bela representatividade LGBTQ+, apresentando um casal gay, pais de 13 filhos. No final das contas, é possível enxergar que a nova temporada de She-Ra tem toda uma vontade para evoluir a trama, chegando ao ponto de ameaçar colidir com a mitologia de He-Man, mas acontece de forma tão rápida que mal consegue empolgar e muito menos consegue amarrar seu final.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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