Review | The 100 [Season 5]

Nota
4

Desde que vimos os escolhidos saírem da Arca, eles têm vivido grandes guerras, enfrentados seus próprios medos e feito o possível – e até o impossível – para salvar a si mesmos e a todos os que amam. No final da temporada anterior, vimos o desgastante roteiro que vem sendo reformulado durante 4 temporadas. Aqui, neste 5º ano, a produção começa com um salto temporal e, sem dúvidas, esse foi o maior acerto.

Com literalmente uma contagem regressiva até o fim do mundo, todos os sobreviventes são forçados a ir para lugares inimagináveis ​​a fim de se manterem vivos – com ou sem os amigos. Clarke (Eliza Taylor) é a única que fica só. Após 6 anos, ela e sua “filha” recebem uma visita inesperada de um grupo de criminosos. Enquanto tenta descobrir quem são os “novos visitantes”, Bellamy (Bob Morley) e o grupo percebe que há uma espaçonave próxima à Terra. No bunker, Octavia (Marie Avgeropoulos) comanda os Wonkru e teve que fazer escolhas difíceis para manter a sobrevivência de todos. Diante disso tudo, os escolhidos terão que avaliar suas responsabilidades em relação ao futuro de um lugar que, aparentemente, é habitável. O problema é que este lugar habitável gerará conflitos. Será que os Wonkru, Clarke e amigos e os visitantes poderão viver em harmonia? Ou será que as fraquezas da natureza humana lhes custarão a sua única chance de se levantar das cinzas?

Nesta temporada, os roteiristas fizeram um excelente trabalho ao trazer um grupo de vilões para a Terra. E, com a ajuda do salto temporal, conseguiram reinventar a série novamente. Quem já assiste The 100 sabe que haverá inúmeras reviravoltas no decorrer da temporada, esse é um dos grandes trunfos da série e isso garante que o telespectador continue atento à produção, independente do quão devagar ela se desenvolva. É o que acontece nesta temporada.

O ritmo da série começa a acelerar por volta do quinto episódio, quando conseguimos distinguir bem as mudanças em relação a personalidade dos personagens. A Clarke volta ao estilo “mãe”, depois de cuidar da Madi por anos. Após passar tanto tempo só, ela percebe o quão importante é a companhia de pessoas importantes. Apesar das péssimas escolhas no decorrer da trama – o que pode deixar a personagem um pouco confusa -, é possível entender a sua motivação: proteção. Outra personagem que teve um arco bastante desenvolvido é a Octavia, atual comandante dos Wonkru. Aqui, ela mostra-se diferente de todas as temporadas anteriores, mostrando-nos o quanto o poder pode mudar uma pessoa. A personagem agora é uma mulher, uma guerreira e uma comandante e está disposta a qualquer coisa para não acabar com o seu povo, mesmo que a decisão seja uma escolha errada.

Essa temporada sem dúvidas é carregada pelas interpretações femininas. Temos a Diyoza, uma das “visitantes”. A personagem é extremamente inteligente e rápida em relação às suas decisões. A única coisa que pode incomodar é o bebê de 100 anos que ela está esperando – o que é bizarro!  A Madi é outra personagem que se destaca, principalmente por lembrar a Lexa. A menina é destemida, segura de si e a legítima comandante dos Wonkru.

As diversas reviravoltas na temporada são o ponto alto, principalmente pelo fato de que fica difícil estar num lado apenas; afinal, todos estão lutando pela própria sobrevivência (sua e do seu povo). E toda essa tensão entre clãs gera uma fotografia incrível. Além disso, ainda temos cenas coreografadas de lutas entre os personagens, um presente para quem estava esperando um gostinho das cenas de ação dos primeiros anos. Apesar da última temporada ter sido bem enfadonha, a 5ª melhorou muito. Nada como um salto temporal para resolver os problemas e fazer com que os personagens respirem e mudem.

Em relação à season finale: poderia ser o encerramento total da série, mas a CW resolveu renovar. Porém, o plot final é bastante interessante e, caso consigam trabalhar bem, conseguirão renovar a série por mais um ano com muita facilidade. Sem dúvidas, The 100 é um dos acertos da emissora que sempre busca série mais teen, e o ponto positivo nesta produção é a constante renovação. Esperamos conhecer mais universos!

 

Universitário, revisor. E fotógrafo nas horas vagas.

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