Crítica | O Outro Pai (A Pesar de Todo)

Nota
5

Sara (Blanca Suárez), Sofia (Amaia Salamanca), Lucia (Macarena García) e Claudia (Belén Cuesta), Quatro irmãs que possuem personalidades totalmente diferentes umas das outras e que, após a morte de sua mãe, descobrem que o homem que chamaram de pai durante toda sua vida não é o seu pai biológico, com suas vidas viradas de cabeça para baixo elas precisam entrar em uma jornada para buscar suas origens.

Carmen (Marisa Paredes) foi uma senhora que se aventurou durante sua vida, descobriu e aprendeu diversas coisas, uma delas foi o amor que como presente deu-lhe quatro frutos, quatro grandes mulheres que, após a descoberta da paternidade biológica, partem para uma grande aventura em busca de seus pais biológicos.

Por serem mulheres fortes, sua mãe entregou a missão para que elas se unissem na busca de seus pais, assim cada uma poderia entender a outra com relação aos sentimentos, personalidades e entender como funcionam com suas diferenças dentro da família. A missão foi dada para que as mulheres não ignorassem suas raízes e partissem com a herança de sua mãe, tudo foi bem planejado por Carmen, que mesmo escondendo toda historia por anos, foi capaz de pedir perdão às filhas e se redimir de alguma forma dando a oportunidade das quatro preencherem o vazio que sentiam. O longa é a dinâmica de quatro mulheres fortes que tinham problemas pessoais, com relacionamentos cheios de tremores e descobrindo uma conexão capaz de amolecer o coração de todas, vendo a vulnerabilidade as unir de alguma forma.

O longa foi dirigido e escrito por Gabriela Tagliavini, que teve uma sensibilidade em mostrar os reais sentimentos da família, quatro mulheres que apresentam personalidades diferentes e fortes mostraram sua vulnerabilidade de forma encantadora, emocionando os expectadores.

A fotografia do longa é encantadora, se passando na cidade de Madri, o longa apresenta fortes tons quentes que se agrupam com todo o cenário, causando bons efeitos graças ao bom uso das câmeras para gravação do projeto.

Dando um destaque maior às atrizes Belén Cuesta e Blanca Suárez, que exploraram bem os sentimentos de suas personagens e souberam transparecer seus sentimentos. A mudança da personagem Claudia mostrou como foi difícil deixar de lado alguns de seus preconceitos, já a sensibilidade de Sara que, ao saber que seu grande amor, Victor (Tito Valverde), estava para sair da cidade, saiu em busca de seu amor é reconfortante.

O projeto é encantador e mostra a união dentro da diversidade, trazendo quatro diferentes tipos de mulheres que foram bem exploradas e sentidas, mostrando vulnerabilidade, carinho e entre outros sentimentos que fizeram uma busca de quatro mulheres por quatro homens ser a maior e melhor aventura de suas vidas, todas as realidades foram possíveis de ser vivenciadas graças ao interesse gerado após a primeira procura. Carmen mostrou diversidade por ir além, Inês (Rossy de Palma) foi a prova de que Carmen foi além de qualquer gênero, mostrando que o amor é o que nos une independente de qualquer circunstância.

 

Formado em Letras, atualmente cursando Pós-graduação em Literatura Infantil, Juvenil e Brasileira. Sentindo o melhor dos medos e vivendo a arte na intensidade máxima. Busco sentir histórias, memórias, escrever detalhes e me manter atento a cada cena no imaginário dos livros ou numa grande tela de cinema.

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