Crítica | Pulando a Vassoura (Jumping the Broom)

Nota
3

Sabrina Watson passou por muitas desilusões amorosas e acabou jurando a Deus castidade até o casamento em troca de conhecer o homem certo, e foi assim que ela conheceu Jason Taylor, e logo se apaixonou. Três longos meses depois, Sabrina recebe uma proposta de emprego na China e Jason a pede em casamento, e é durante a cerimonia de casamento nos jardins da rica família Watson vai, finalmente, conhecer a família Taylor.

O filme gira em torno de duas, extremamente diferentes, famílias de afro-americanos, de um lado temos a família rica de Sabrina e do outro a família de classe média de Jason, e se você acha que os astros dessa comédia romântica, com trama de casamento, são os noivos, você está redondamente enganado. O filme basicamente se passa durante o fim de semana do casamento, e mostra o desamor a primeira vista que acontece entre as Senhora Watson e a Senhora Taylor. Enquanto a mãe da noiva faz de tudo para realizar um casamento digno da uptown, rejeitando todos os clichês negros e suburbanos, temos a mãe do noivo querendo levar todas as tradições afrodescendentes para o casamento, inclusive a polemica tradição de pular a vassoura.

Apesar da trama clássica, clichê e repetitiva, o roteiro de Arlene Gibbs e Elizabeth Hunter ganha um total vida nas mãos de Angela Bassett (Sra. Watson) e Loretta Devine (Sra. Taylor), que parecem disputar o título de mãe mais malvada do mundo, o problema é que a trama vive num limiar entre o espetacular e o opressor, fazendo com que o expectador hora se anime com a competição e hora ache tudo exagerado, mas que com toda a certeza verão toda a arrogância e prepotência inundar a atmosfera na maioria das cenas, e as faíscas surgirem em cada embate.

Os noivos, que são interpretados por Paula Patton e Laz Alonso, podem não ser o foco principal da trama, mas toda sua atuação gera um pouco da graça do longa, a intensidade de Sabrina e toda sua euforia a faz ser odiada de cara pela sogra, e as omissões de Jason acabam pintando um quadro perfeito para o desastre, com sua família desfuncional da downtown. Aos poucos vamos vendo o quanto os preconceitos da família Taylor podem reagir frente aos segredos da família Watson, e vemos o quanto a união dessas famílias é suficiente para uma produção com panos para as mangas, mas também vemos que a produção peca no exagero, quando não consegue ver seus limites na intriga e os extrapola.

No fim das contas, fica claro que Pulando a Vassoura é uma comédia romântica boa para uma tarde em família, mas não uma produção para desejar assistir a todo custo, talvez essa seja a justificativa de o longa ter sido lançado diretamente em DVD e blu-ray no Brasil.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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