Crítica | Irmão Urso 2 (Brother Bear 2)

Nota
3

Se passaram algumas semanas desde que Kenai se tornou um urso para cuidar de Koda, e uma nova situação aparece. A anos atrás Kenai teve uma relação profunda com Nita, uma jovem moça de outra tribo, e lhe deu um amuleto nas Cataratas Hokani durante o equinócio, o problema é que agora Nita pretende casar e não pode, pois os espíritos ancestrais consideram Nita como prometida a Kenai por conta do amuleto.

Agora Nita precisa caçar o urso que um dia foi um garoto e ir com Kenai às Cataratas Hokani durante o equinócio novamente para queimar o amuleto, e quebrar a união, essa aventura é inteiramente feita com o pequeno Koda ao lado, presenciando as cinzas do coração de Kenai reacendendo e se tornando novamente uma chama de amor. Mas será que um urso pode se unir a uma humana? Será que Nita irá desistir de Atka, seu noivo, para viver com um urso?

O longa foi lançado em 2006, 3 anos após o primeiro longa, e saiu diretamente para DVD, o que já nos mostra que aquela teoria de que as sequencias da Disney não são sucesso procede. Dirigido por Ben Gluck, o longa trás novas músicas e todo um ar romântico, o problema é que a historia de Kenai e Koda é emocionante demais, e não dá pra mexer com o que já é bom, esse é o grande problema do longa.

Na busca por achar uma namorada para Kenai, a Disney pecou ao fazer um filme sem emoção, o romance está no ar mas nos empolgamos muito mais com a busca de Rutt e Tuke para conquistar as alcetes do que na relação de Nita e Kenai, é uma relação tão previsível e forçada que não nos apegamos a ela, Koda rouba a cena com sua incrivelmente fofas percepções, e até Tug tem sua cena que chama a atenção, mas a relação do casal protagonista com certeza não foi uma boa escolha de trama.

A dublagem volta para as mãos da Delart, mas a direção de dublagem, que foi de Garcia Júnior no primeiro longa, passa a ser de Guilherme Briggs, e acabamos tendo mudanças nos dubladores (assim como aconteceu nos Estados Unidos). Kenai, que era dublado por Selton Mello, passa a ter a voz de Peterson Adriano, apesar de Koda continuar com a voz de Bernardo Coutinho, os irmãos alces Tuke e Rutt eram dublados, respectivamente, por Marco Nanini e Luís Fernando Guimarães, mas passam por um recast e suas vozes mudam para, respectivamente, Waldyr Sant’anna e Guilherme Briggs.

Talvez essa mudança, causando a retirada de 3 das vozes mais marcantes do longa, tenha contribuído ainda mais para a superficialidade do longa, afinal, como podemos nos apegar a um Kenai que não tem a voz do Selton Mello? Como rolar de rir sem os alces dublados por Nanini e Fernando Guimarães?

É complicado se apegar aos personagens quando temos uma trama tão rasa e as vozes que deram alma a eles se perdem, possivelmente a Disney apostou errado quando fez uma sequencia para um filme tão tocante e espetacular quanto Irmão Urso. Temos uma continuação totalmente desnecessária que com certeza nos leva a concluir que em time que está ganhando não se mexe, da mesma forma, quando o filme faz sucesso, fazer uma sequencia nem sempre vale a pena.

 

https://youtu.be/qsTMUXAhUD4

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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