Crítica | Ghost In The Shell: A Vigilante do Amanhã (Ghost In The Shell)

Nota
4

Ambientado em 2029, Ghost In The Shell tem seu ponta-pé inicial na morte de uma jovem, que tem cérebro transplantado para um novo corpo, e nos introduz os serviços robóticos da empresa Hanks, que coloca cérebros humanos em corpos 100% maquinários.

Depois de criada no setor 9, Major (Scarlett Johansson) se torna responsável pela segurança de uma das cidades mais perigosas, que sofre um grande numero de crimes cibernéticos, o que faz com que ela cruzando, o tempo todo, com o caminho de Kuze (Michael Pitt), que vive com a única missão de prejudicar a companhia responsável pela criação da Major e sua equipe.

Trabalhando de forma profunda nos efeitos holográficos, e entregando um cenário ricamente futurístico e recheado de tecnologias, o longa explora a fundo a possibilidade de trazer pessoas de volta à vida apenas utilizando a implantação robótica. É nessa premissa que Rupert Sanders se entrega na tentativa de trazer esse fruto da cultura japonesa para as telas do cinema, tendo ainda a missão de agradar a legião de seguidores do legado deixado pelo universo dos animes e mangás que o longa se baseia e criar em uma versão americana de tudo isso.

Uma produção que deixa explicita em algumas de suas cenas suas fortes influências em Matrix e Blade Runner, ela aborda a descrição da reconstituição do molde, a comunicação através de hologramas, os estudos sobre as falhas sistemáticas e diversos outros pontos positivos que habitam o universo da saga adaptada.

E mesmo após sofrer duras criticas por escolha uma atriz branca para interpretar uma personagem oriental, Ghost In The Shell: A Vigilante do Amanhã segue na tentativa de entregar um trabalho mais próximo da obra original, lançada em 1995. Em certos pontos da trama, começamos a enxergar o motivo da escolha de Scarlett Johansson para este protagonismo, vendo o quão a atriz se mostra bem preparada para viver o papel e executar certas cenas.

Desconsiderando a tal escalação, pode se ter certeza que mesmo os fãs mais fiéis da história, que compreende desde o mangá até o anime, irá enxergar toda a contextualização convertida em um mundo real, mesmo que tenhamos a decepção de ver alguns pontos do longa se desprender da trama original.

 

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