Crítica | Gantz: Perfect Answer

Nota
2

Já fazem 5 meses desde que a Missão do Templo Budista acabou, e desde a morte de Kato, e desde então Kurono assumiu a liderança dos caçadores e, junto com Suzuki, vem lutando em várias missões para acumular os 100 pontos e ressuscitar seu melhor amigo, mas algo mudou e Gantz está começando a se comportar diferente.

Em paralelo, nós conhecemos Eriko Ayukawa, uma jovem pop star que recebeu em sua cama uma esfera negra miniatura, um item que passa a dar missões de assassinato à garota, pessoas que morrem e ressurgem na sala de Gantz.

Mesmo com o salto temporal, é perceptível que Kurono cresceu muito, amadureceu e se tornou mais forte tanto física quando mentalmente, ele têm um objetivo e isso o torna mais imbatível em suas batalhas, mas fora das missões sua vida também mudou, ele agora está mais próximo de Tae Kojima, sua amiga de escola que está apaixonada por ele, e morando com Ayumu Kato, o irmão caçula de Kato. Aos poucos vamos descobrindo que as pessoas assassinadas por Eriko são, na verdade, ex-caçadores, que alcançaram os 100 pontos e se libertaram, e que agora estão sendo chamados novamente pela esfera por conta da proximidade de um evento catastrófico.

O segundo live-action da franquia Gantz chega com o título “Gantz: Perfect Answer“, e parece ser esse seu objetivo, responder muitas perguntas que surgem assim que as mudanças começam a ocorrer. A chegada do Alien Kato, assim como a trama do arco dos Aliens de Preto, são criados exclusivamente para o longa e para fazer a transição do maravilhoso primeiro filme para sua trágica continuação, o longa ainda tenta entrar no eixo ao adaptar sua própria versão do arco  Kill Tae Kojima, mas ele deixa muitas brechas e cria uma motivação sem noção, o mesmo acontece com a volta dos veteranos libertados, eles possuem uma ótima ideia mas não sabem executa-la e, com isso, vemos aquilo que parecia uma adaptação da Fase Catástrofe, do mangá, se tornar uma verdadeira catástrofe. O maior potencial surge no momento em que o longa acha uma brecha para engatar a Fase Invasão, mas novamente ele erra e ignora esse potencial, o que torna toda a construção do longa perdida e sem sentido.

Com muitas possibilidades, Shinsuke Sato, que acertou em cheio no primeiro filme, perde a mão no segundo longa e torna tudo um sucessão de desastres, os aliens de preto seriam perfeitos para tantas facetas do trama, e a escolha de torna-los os inimigos secundários, atrás apenas do Alien Kato, faz tudo ficar perfeito, vemos um líder poderoso e seus minions incansáveis, está tudo montado para vermos a invasão dos aliens à terra e o grande potencial de Gantz ser explorada, mesmo que o longa não fosse capaz de, como no mangá, reunir todos os times de caçadores que existem no mundo e trazer todas aquelas reviravoltas, mas não é o que vemos em tela.

A aparição do policial Masamitsu Shigeta é outro potencial inexplorado, vemos o homem entra a fundo na investigação e chegar a centímetros de descobrir a verdade sobre as missões de Gantz, mas vemos também ele não servir de nada na trama, enquanto ele tem tanto potencial, ele não se encaixa na trama em momento nenhum. O homem que parece ser a fonte de todas as respostas que queríamos ver respondidas acaba não sabendo nem metade do que descobrimos no decorrer dos longas, no final a unica palavra que pode ser usada para definir o personagem é ‘decepção’. A transformação dos Vampiros, que aparecem no mangá, nos Aliens de Preto ajuda a adaptar os personagens de forma rápida para a trama, mas descarta todo o potencial, que eles possuem no mangá, de ser usado no longa.

Gantz: Perfect Answer é um longa que começa cheio de potencial e escolhas, ele poderia seguir adaptando as batalhas que ainda restavam para acabar a Fase das Missões, mas escolhe ir além, então nos deixa com o gostinho de ver a Fase 2 ou 3 na tela, e a vontade é a unica coisa que temos, por que no final somos decepcionados por ver ótimas cenas, ótimas batalhas, ótimas evoluções de personagem, mas nenhuma trama interessante que valorize tudo isso. Por outro lado, o final do longa se torna enigmático, gostoso de se assistir, e um tanto quanto emocionante, um final lindo mas que não chega aos pés do final do mangá.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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